O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em São Paulo que a responsabilidade pela política fiscal do país deve ser compartilhada entre os três poderes. Em evento promovido pelo banco BTG Pactual nesta segunda-feira (22), o ministro ressaltou que tanto o Congresso, com o aumento das emendas parlamentares, quanto o Judiciário, com o crescimento dos precatórios, exercem grande pressão sobre o Orçamento federal.
Haddad citou a “Tese do Século”, decisão judicial que, segundo ele, gerou uma perda de mais de R$ 1 trilhão em arrecadação. O ministro também mencionou gastos permanentes, como os do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Fundeb, que foram aprovados no governo anterior e que, hoje, o governo atual precisa honrar.
Em sua fala, Fernando Haddad negou que o governo esteja promovendo uma “fúria arrecadatória”. Ele argumentou que as medidas visam recompor a base fiscal do país, que foi prejudicada ao longo das últimas décadas. O ministro destacou que o objetivo é controlar as despesas e buscar a sustentabilidade financeira. Ao final, Haddad projetou um legado positivo para o governo, prevendo o melhor crescimento médio, a menor inflação, a menor taxa de desemprego e a maior reforma tributária dos últimos anos.