O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) levou à Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (17), a defesa dos garimpeiros atingidos pela Operação Boiúna, que resultou na destruição de 95 dragas no Rio Madeira, nos municípios de Humaitá e Manicoré, no Amazonas. A ação foi conduzida pela Polícia Federal com apoio de órgãos ambientais e de segurança.
Segundo o parlamentar, a forma como os equipamentos foram destruídos prejudica centenas de famílias que dependem da atividade para sobreviver. Cada draga tem valor estimado em cerca de R$ 2 milhões, representando um grande prejuízo financeiro e social para a região.
“Há dois dias atrás, a Polícia Federal, o ICMBio e outros órgãos fiscais fizeram um carnaval em Humaitá, cidade vizinha de Porto Velho. Explodiram 25 dragas de uma só vez e, no total, destruíram 95 no Rio Madeira. Essas balsas estavam atracadas, paradas, sem exercer atividade ilícita. Se estão irregulares, que sejam apreendidas, não destruídas. Explodir tudo dentro do rio é um crime contra as famílias e contra o meio ambiente”, afirmou Chrisóstomo durante a reunião.
O deputado reforçou que não é contrário à fiscalização, mas defende que sejam criadas condições para que os garimpeiros possam se regularizar e continuar trabalhando legalmente. Ele cobrou que o Congresso discuta medidas para impedir que balsas e dragas sejam queimadas ou explodidas durante operações.
“Os órgãos fiscais têm que fiscalizar, mas não destruir balsas que estão paradas. Temos responsabilidade sobre esse tema na Comissão de Minas e Energia. Vou seguir defendendo alternativas para que esses trabalhadores possam atuar de forma regularizada e sustentar suas famílias”, concluiu o parlamentar.