O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, assegurou que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus da trama golpista será conduzido com total serenidade. A declaração foi feita em uma palestra no Rio de Janeiro, um dia antes do início do julgamento na Primeira Turma da Corte. Barroso não participará do processo por ser o presidente do tribunal.
O ministro enfatizou que o papel do Judiciário é julgar os casos apresentados de forma imparcial. “O julgamento precisa ser feito com absoluta serenidade, mas cumprindo o que diz a Constituição, sem interferências, venha de onde vier”, afirmou. Ele também ressaltou que o Brasil, com sua história de golpes, não pode permitir que a ideia de “quem perdeu, tenta levar a bola para casa” prevaleça.
Julgamento e a história brasileira
Barroso destacou os 40 anos de estabilidade institucional desde a redemocratização e ressaltou a importância de julgar o caso para “encerrar o ciclo do atraso no país”. A partir desta terça-feira, 2 de setembro de 2025, o STF dedicará oito sessões para a análise do processo, nos dias 2, 3, 9, 10 e 12.
O ex-presidente e os demais réus são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentarem reverter o resultado das eleições de 2022. O grupo inclui o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, entre outros.