Ainda resquícios da visita de Lula, na semana passa. A ausência o governador Marcos Rocha certamente era previsto, embora ele prefira afirmar que já tinha agenda para a data e enviado seu vice, Sérgio Gonçalves, para representá-lo. A forma como Gonçalves foi tratado pelos petistas (porque só havia praticamente gente de esquerda, com exceção de algumas autoridades, no Palácio das Artes) deixou claro que a decisão de Rocha foi correta. Do nada, quando estava discursando, Sérgio Gonçalves foi alvo de uma injusta, desnecessária e sonora vaia. Ora, só um descerebrado não imaginaria que, caso fosse o Governador, não aconteceria o mesmo, num reduto só de petistas. Além disso, que se fale as coisas claramente: a imensa maioria dos rondonienses gostou da ausência do seu Governador.
Outro destaque foi a presença do cada vez mais candidato em 2026, Confúcio Moura. Lula insinuou que ele deveria disputar o Governo, mas o senador quer mesmo a reeleição, embora não feche a porta para a opção ao Palácio Rio Madeira/CPA. Confúcio é hoje o campeoníssimo de recursos para Rondônia e está entrelaçado umbilicalmente com o governo Lula. É hoje o principal nome da esquerda para concorrer a qualquer dos cargos, com o aval do Planalto, que o vê como única esperança de eleger alguém do seu lado para o ano que vem.
E o prefeito Léo Moraes? Ele tem sido esperto e usa todo seu jogo de cintura. Acende velas para todos os que vão ajudar seu governo, de uma forma ou outra. Discursou fazendo muitos agradecimentos ao governo Lula e tem se aproximado cada vez mais de Confúcio Moura. Mas, de outro lado, não deixa de fazer agrados ao seu aliado Marcos Rocha, cujo governo estadual também é de suma importância para uma parceria forte com a Prefeitura e nem com Fernando Máximo, um importante aliado desde a última eleição. Léo joga cartas de diferentes baralhos, tentando conseguir o máximo de proveito para a Capital que governa. Dará certo?
Por fim, ficou claro que a popularidade do presidente Lula, pelo menos por aqui, está cada vez menor. Afora um pequeno grupo de esquerdistas mais fanáticos e algumas centenas que vieram com os ônibus contratados da Eucatur do interior, o evento teve pouca gente, comparando-se com o que o próprio Lula mobilizava quando vinha aqui, em seus governos passados (lembrem-se da multidão que lotava a Sete de Setembro, quando ele discursava, no passado?). Elegerá alguém da esquerda em 2026? Só se todos os votos se concentrarem num só candidato. E aí está a única esperança para Confúcio Moura.
AZUL CANCELA VOOS, MAS NÃO AVISA PASSAGEIROS. ADVOGADO LÍDER DA DEFESA DO CONSUMIDOR É UMA DAS VÍTIMAS
Os abusos contra os passageiros rondonienses não param. A empresa Azul cancelou pelo menos 50 voos em 13 cidades brasileiras, uma delas Porto Velho. Uma das vítimas (e é aí que a Azul pode se dar mal!) é o advogado Gabriel Tomasete, líder do grupo Escudo Coletivo, que tem como um dos objetivos exatamente combater toda a série de irregularidades e ilegalidades praticadas contra os usuários. No caso de Tomasete, a empresa cancelou um voo do horário das 14 horas para Belo Horizonte. Tomasete já comprou e pagou a passagem para o mês de outubro. Descobriu, apenas por acaso, que o voo não existe mais, já que sequer foi comunicado de nada. Foi transferido para outro voo, que sai às 2 horas, com conexão. E para usufruir da conexão proposta pela companha, ele terá que fazer uma espera de nada menos do que 17 horas no aeroporto.
A solução (já que no site na companhia não e possível encontrar informações sobre troca de voos ou propor novos horários) é um pagamento adicional de 5 mil reais, para trocar de voo, que não seja o decidido pela empresa, embora ela nem converse e nem informe seus passageiros. Tomasete está tomando as medidas judiciais cabíveis. Ele é advogado especialista em defesa do consumidor e certamente vai percorrer todos os corredores do Judiciário para não ser mais uma vítima do desprezo com que as companhias tratam seus clientes.
Vários casos semelhantes têm sido denunciados. Por exemplo: um casal de idosos de Porto Velho, que foi para o nordeste, teve seu voo trocado inacreditáveis 12 vezes. Conseguiu enfim voar para Aracaju, mas a passagem marcava um dia e horário e o cartão de embarque dava informações totalmente diferentes. Além disso, os preços continuam muito acima do normal. Uma passagem comprada com grande antecedência pela TAM, para Brasília, está custando hoje mais de 3.520 reais. Com este dinheiro, transformado em dólares, se atravessaria os Estados Unidos.
GOVERNADOR TROCA COMANDO DA COMUNICAÇÃO DEPOIS DE CINCO ANOS. MUDANÇAS AINDA NÃO TERMINARAM
Há vários meses a decisão há estava tomada. Só não era anunciada oficialmente, porque os substitutos ainda não haviam dado o OK definitivo. Mas, nesta terça-feira, saiu o decreto de exoneração da secretária de comunicação do Governo, Rosângela Silva, depois de quase cinco anos no cargo. Sai também a adjunta, Diana Abichabki. Assume o comando da Comunicação, um dos auxiliares mais próximos do Governador, Renan Fernandes. O empresário Chico Holanda será o novo adjunto. “Com gratidão no coração e a serenidade de quem cumpriu o seu papel, dever de transparência e respeito com a imprensa, com as instituições e, sobretudo, com a população do nosso Estado, comunico que apresentei, de forma voluntária, meu pedido de exoneração do cargo de Secretária de Comunicação do Estado”. Obviamente que o texto retrata um acordo com Marcos Rocha, porque na verdade, a decisão pela substituição estava tomada, por ele, há longo tempo.
Renan Fernandes é videomaker e uma das pessoas mais próximas ao Governador, na cúpula do Estado. Acompanhou Rocha em várias viagens internacionais e inclusive era um dos assessores que ficou retido em Tel Aviv, num bunker, junto com o chefe, quando do ataque dos mísseis na Capital de Israel. Chico Holanda é um empresário que também começou a se envolver com comunicação mais recentemente. Os dois já foram nomeados e apresentados oficialmente. Começaram a trabalhar nesta mesma terça-feira em que seus nomes foram anunciados.
Rosângela permanece no governo. Vai atuar principalmente junto ao gabinete da primeira dama e secretária de Ação Social, Luana Rocha. As mudanças no governo Marcos Rocha ainda não terminaram. Nos próximos dias, vai haver troca também no comando de uma importante secretaria do Estado.
RACHA DE VOTOS NA CAPITAL PODE BENEFICIAR ADAILTON FÚRIA, NA DISPUTA PELO GOVERNO NO ANO QUE VEM
Caso Marcos Rogério se defina, lá mais à frente, que vai disputar a reeleição ao Senado (atendendo pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro) e não ao Governo do Estado, as coisas começam a mudar. Sairia do jogo um dos nomes mais fortes à sucessão de Marcos Rocha. Ficariam Hildon Chaves, Sérgio Gonçalves e Fernando Máximo, os três que, certamente, têm a maioria do seu eleitorado na Capital do Estado. Embora não se sabia exatamente potencial de Gonçalves, se ele for mesmo candidato, não há dúvida de que qualquer chance que ele tenha, passa por uma boa votação na maior cidade do Estado.
Ou seja, três nomes que estão entre as candidaturas já lançadas, dividiriam os votos na Capital. Quem tivesse mais apoios no interior, certamente seria o mais votado, por ilação lógica. Neste raciocínio e neste momento (porque tudo pode mudar quando a campanha começar), Máximo teria esta vantagem. O quarto nome, o do representante do Partido Novo, Ricardo Frota, dificilmente terá alguma participação mais importante neste pacote.
O maior beneficiado com o racha de votos (uma hipótese real e viável) em Porto Velho, seria o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria. Ele sim, poderia concentrar votos em toda a região central e ainda pegar um pouco dos votos que o porto-velhense tradicionalmente dá a candidatos de outras cidades. Lembremo-nos do último exemplo: o senador Jaime Bagattoli, que veio com um caminhão de votos do interior, mas ganhou a eleição graças ao apoio que teve em Porto Velho. Tudo isso, claro, é apenas estudo de futurologia. Na Hora H, as coisas podem acontecer de forma muito diferente.
AVANTE COMEÇA A MONTAR SUA NOMINATA PARA 2026, COM DESTAQUES PARA BRENO MENDES E HERBERT LINS
No mundo da política regional, é de bom senso que não se subestime um partido que tem crescido muito em Rondônia. O Avante, comandado pelo ex-deputado estadual Jair Montes, está vivendo um momento de ascensão e tem atraído não só lideranças conhecidas na política, como também novos aspirantes a ingressar neste mundo conturbado, mas ao mesmo tempo fascinante. Montes e seu Avante estão oferecendo um partido político de cara nova, aliada ao conservadorismo, mas sem ignorar as pautas progressistas, que possam ajudar o desenvolvimento deste Estado. Oferece ainda, principalmente para os que querem começar na corrida pelo voto, a possibilidade de eleição com uma votação muito menor do que os grandes partidos. Por fim, a cereja do bolo: mais de 8 milhões do Fundo Partidário, para regar as campanhas.
É neste contexto que o Avante prepara uma nominata forte para a Assembleia Legislativa, destacando-se o nome do vereador Breno Mendes, que tem se destacado no legislativo municipal de Porto Velho, como líder do prefeito Léo Moraes. Para a Câmara Federal, o Avante começa também a apresentar seus primeiros nomes. Um deles é o do professor e articulista político (escreve a sempre muito lida coluna “Falando Sério”, republicada em vários sites) Herbert Lins. Ele já confirmou que aceita o desafio e seu nome aparece, em desataque na região de Nova Mamoré, onde é muito popular e tem um eleitorado importante.
Os partidos menores têm sido importantes, no pacote eleitoral, para ar espaço a novas lideranças, pela possibilidade de eleição com menos votos e pelo bom apoio financeiro. O Avante, para a Assembleia Legislativa, pretende lançar a nominata completa de 25 nomes, entre homens e mulheres. Até agora, já tem garantida a participação de 14 possíveis candidatos. Há ainda um longo caminho a ser trilhado, mas que não se duvide das potencialidades do partido comandado por Jair Montes. Ele vem forte para 2026.
ASSOCIAÇÃO DOS PECUARISTAS NEGOCIA VENDA DE 150 MIL ANIMAIS PARA NOVOS MERCADOS
Sob a liderança do empresário Adélio Barofaldi, um dos principais nomes do agronegócio rondoniense, entre outras múltiplas atividades, a Associação dos Pecuaristas de Rondônia (APRON) está liderando um movimento estratégico de diversificação de mercado, com foco na exportação de gado vivo. A proposta prevê incentivar produtores rondonienses a participar deste nicho de mercado, contando hoje com um pedido em aberto de aproximadamente 150 mil animais, com embarques programados a partir de estruturas certificadas no estado de São Paulo. “É uma alternativa real para melhorar a precificação do boi em Rondônia. Temos genética, sanidade e manejo sustentável. Nosso desafio agora é articular a logística e reunir os produtores interessados”, afirma Barofaldi.
O projeto está em fase de estruturação operacional, com visitas técnicas programadas às instalações da Estação de Pré-Embarque (EPE) localizada no interior paulista, onde os animais passarão por quarentena, exames e triagem conforme protocolos sanitários exigidos pelos países compradores. Os pecuaristas interessados em participar da operação, entrem em contato com a associação para iniciar o processo de credenciamento, adequação sanitária das propriedades e os trâmites necessários para certificação e envio de lotes. O credenciamento pode ser feito diretamente pelo link. ou pelo WhatsApp (69) 99235-7552. A sede da associação está localizada em Porto Velho.
A proposta também integra o pacote de ações que vem sendo promovido pela entidade, com foco na valorização do rebanho e no fortalecimento do protagonismo da pecuária rondoniense no cenário nacional e internacional. A APRON vem consolidando sua atuação com a criação de comissões temáticas voltadas para regularização fundiária e ambiental, segurança rural, biosseguridade e rastreabilidade; o fortalecimento da representatividade política da pecuária.
JORNAL AMERICANO ACUSA STF DE TER DADO “UM GOLPE DE ESTADO”. MINISTROS DO SUPREMO AINDA NÃO RESPONDERAM
Até a noite desta terça-feira, não havia uma resposta nem do ministro Alexandre de Moraes e nem do STF, sobre grave denúncia publicada no influente Wall Street Journal, um dos com maior credibilidade em todo o mundo. Assinado pela conhecida jornalista americana Meyre Anastasia, o artigo diz, com todas as letras, que o Supremo teria dado um golpe de Estado no Brasil, tirando Lula da cadeia, um condenado em várias instâncias e perseguindo sistematicamente a direita e principalmente Jair Bolsonaro. O “golpe de Estado”, segundo o texto, teria ocorrido “por meio do controle crescente das instituições e da condução de investigações contra opositores políticos, em especial o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados”.
Assinado pela colunista Mary Anastasia O’Grady, o texto afirma, ainda, que “a liberdade nas Américas enfrenta um grau de perigo nunca visto desde a Guerra Fria” e coloca Alexandre de Moraes no mesmo patamar de líderes que, segundo o jornal, usaram o poder judicial para consolidar projetos políticos, como Hugo Chávez e Nayib Bukele”. A jornalista acusa o ministro Alexandre de Moraes, como principal instrumento das decisões e de estar “censurando críticos e prendendo oponentes sem nenhum controle político”. As acusações estão já no título da publicação, “Um golpe de Estado da Suprema Corte do Brasil”, e no subtítulo, onde se refere a censura e prisões políticas.
A Suprema Corte brasileira e principalmente Moraes, estão na alça de mira dos americanos. O superministro já foi atingido pela Lei Magnitsky, que, entre outras coisas, o impede de entrar nos Estados Unidos e cassa praticamente toda a sua estrutura financeira. Ainda se aguarda uma dura resposta do STF em relação às gravíssimas denúncias publicadas pelo Wall Street Journal.
FALTA POUCO PARA A APROVAÇÃO DA ANISTIA DO 8 DE JANEIRO E O FIM DO FORO PRIVILEGIADO? TEMAS ESTÃO NA PAUTA
As chances são reais. Agora dá para se começar a acreditar, na medida em que a imprensa a que vive lambendo as botas do seu dono, noticia que é muito provável que isso aconteça. Ora, se até os que vivem de mentira, de criar factoides, de ignorar fatos que não estejam dentro da ideologia que defendem, estão aceitando a ideia de que a anistia do 8 de Janeiro poderá mesmo ser votada no Congresso, as chances de que isso aconteça se tornaram bastante possíveis. A pressão dos deputados federais de oposição e os já 44 senadores que assinaram pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, mais do que a maioria, começou a dar resultado, na prática, mesmo com reações ainda imprevisíveis do comando das duas casas do Congresso.
Os primeiros passos já foram dados. Acordos já teriam sido feitos. A união, algo incomum par os conservadores e para a direita, que vivem rachando, enquanto a esquerda está sempre unida, tende a ter resultados muito práticos. Claro que a Lei Magnitsky também foi um reforço, mas o esforço concentrado da oposição pela anistia e pela mudança do Foro privilegiado, tirando do STF o poder de julgar parlamentares, sem que os processos passem por instâncias inferiores e os mantendo sob seu tacão, são avanços muito possíveis de serem conquistados.
Jornalistas que babam pela grana que corre dos cofres do governo federal para “ajudá-los” a apoiar todas as excrescências (principalmente jurídicas) que estão se registando no nosso país, já começam a recuar, mesmo que ainda lentamente. Estão começando a sentir o cheiro da derrota? Alguns grupos também começam a mudar sua linha editorial, como é o caso da TV Globo. Mas é só o começo. Vem muito mais por aí…
PERGUNTINHA
O que você acha do anúncio do governo brasileiro de contratar navios de luxo, ao custo de 250 milhões de reais, tudo sem licitação, para abrigar alguns dos ricos participantes da COP 30 em Belém do Pará, que acontece no próximo mês de novembro?