O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) questionou, nesta terça-feira (9), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, durante audiência pública na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. O foco foi o andamento das investigações sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o suposto envolvimento do Sindicato Nacional dos Aposentados, presidido por Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Chrisóstomo citou reportagens que apontam a ausência de investigações contra o irmão do presidente e cobrou esclarecimentos da PF. “O portal Brasília 247 disse que o irmão de Lula não é investigado na operação do INSS. Não sou eu que estou dizendo, está publicado. O que o senhor tem a dizer para o Brasil sobre isso?”, questionou o parlamentar.
Em resposta, Andrei Rodrigues afirmou que Frei Chico não é investigado. “Essa entrevista à qual o senhor se refere se trata de um mal-entendido. A jornalista me perguntou se houve busca e apreensão na entidade citada, e eu disse que não. Também foi perguntado se o irmão do presidente está sendo investigado. Eu respondi que não e reafirmo.”
Contudo, o diretor da PF confirmou que o sindicato presidido por Frei Chico está entre os alvos da investigação. “Participei de coletiva com ministros da CGU, da Previdência e da Justiça. A entidade mencionada constava em lista pública de instituições sob investigação. Não há dúvida de que está sendo investigada.”
O deputado também questionou se houve interferência do presidente Lula nas investigações, citando uma declaração do próprio presidente sobre uma reunião com a PF para tratar do tema. Rodrigues negou qualquer interferência. “Temos absoluta autonomia para montar nosso time e conduzir toda a investigação sem interferência alguma do presidente.”
Durante sua fala, Coronel Chrisóstomo rebateu críticas de parlamentares governistas e ressaltou que as fraudes no INSS antecedem a gestão de Jair Bolsonaro. “A esquerda está mentindo. O delegado-geral confirmou que a PF investiga desde antes de 2017. Portanto, essa bagunça não começou com Bolsonaro.”
Ao final da audiência, o parlamentar prestou homenagem aos agentes da Polícia Federal que atuam em Guajará-Mirim (RO), fronteira com a Bolívia. “Parabéns aos guerreiros da Polícia Federal. Sempre estarei à disposição para destinar recursos à instituição”, afirmou.
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