O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) direcionou sua fala à população de Rondônia, nesta segunda-feira (19), durante a primeira audiência pública sobre a concessão da BR-364, realizada com a presença do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Theo Rodrigues da Rocha Sampaio. O parlamentar afirmou que o povo de Rondônia não foi ouvido no processo e criticou duramente a proposta apresentada, destacando o impacto no bolso do cidadão comum.
“Fomos atropelados, não conversaram conosco, diretor da ANTT. Não tivemos voz. Não houve audiência pública com a nossa participação”, declarou Coronel Chrisóstomo. Segundo ele, enquanto os empresários podem repassar o custo do pedágio, os servidores públicos e a população em geral não terão como arcar com o valor. “Esse sim vai ser arrebentado”, afirmou.
Durante a audiência, Coronel Chrisóstomo ressaltou que entrou com um mandado de segurança coletivo para tentar impedir o leilão da rodovia. Embora o pedido tenha sido negado, o parlamentar disse ter agido em nome da população do estado. “Falei em nome do povo de Rondônia, que é o meu dever”, afirmou.
O deputado também criticou o trecho previsto para duplicação da BR-364, que, segundo ele, representa apenas 15% da extensão total da rodovia. Ele questionou se essa medida seria suficiente para reduzir o número de acidentes e solucionar os problemas enfrentados pelos rondonenses. “As mortes vão acabar? Vai resolver o problema dos rondonenses? Nada disso vai acontecer.”
Coronel Chrisóstomo também relembrou os recursos destinados por ele à rodovia. “Vai completar cinco anos, que coloquei nove milhões de reais para a gente abrir a garganta da BR-364, em Ouro Preto do Oeste”. Até hoje, nada aconteceu”, cobrou o parlamentar, solicitando atenção da ANTT à situação do trecho.
Ao final de sua fala, reforçou sua posição contrária à concessão nos modelos apresentados. “Do jeito que está, não vale. Do jeito que está, não aceito. E não é isso que o povo quer. Quer concessão sim, mas antes vê se cabe no bolso dele e se é isso mesmo que o povo de Rondônia quer.”