Com os sinais cada vez mais nítidos de que Cidadania e PSB caminham para formar uma federação partidária ainda em 2025, os reflexos da articulação nacional já começam a repercutir em Rondônia.
A costura política, que deve ser formalizada após deliberação da Executiva Nacional do Cidadania em junho, pode recolocar no mesmo campo o professor e advogado Vinicius Miguel, que presidiu o Cidadania em Rondônia entre 2019 e 2021.
Vinicius, que disputou a Prefeitura de Porto Velho pelo Cidadania em 2020 e terminou a eleição em terceiro lugar — atrás de Hildon Chaves (PSDB) e Cristiane Lopes (PP) — por uma ínfima diferença de votos, deixou a legenda ao final de 2021.
A decisão foi motivada pela federação então formada entre Cidadania e PSDB, que inviabilizou o espaço para organização das nominatas e projetos eleitorais autônomos no campo democrático local.
Ao migrar para o PSB, Vinicius fortaleceu laços com lideranças nacionais da legenda, como o presidente Carlos Siqueira — considerado seu “padrinho político” —, o prefeito do Recife João Campos e o atual vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Agora, com a iminente união formal entre os dois partidos, é natural que o protagonismo local recaia sobre ele.
Com capilaridade entre diversos segmentos da sociedade civil e histórico de militância em pautas sociais, ambientais e de direitos humanos, Vinicius Miguel tende a ocupar uma posição de centralidade no eventual comando da federação no estado.
A nova configuração pode representar, também, uma oportunidade de recomposição e fortalecimento de um projeto de centro progressista em Rondônia, com foco nas eleições de 2026 e na ampliação da representação proporcional.
Enquanto a federação ainda depende de formalizações jurídicas e resoluções internas, os bastidores políticos já se movimentam.
Em Rondônia, essa possível fusão entre Cidadania e PSB pode significar menos dispersão, mais estrutura e maior competitividade para candidaturas com vocação democrática e renovadora.
