A oposição no Congresso Nacional alcançou as 211 assinaturas necessárias para protocolar a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que pretende investigar possíveis irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social. O pedido contou com o apoio de 29 senadores e 182 deputados e foi articulado pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
De Rondônia, os senadores Marcos Rogério (PL) e Jaime Bagattoli (PL) assinaram o requerimento e demonstraram alinhamento com a ofensiva da oposição, que aponta falhas graves na gestão dos benefícios previdenciários, como atrasos na concessão e suspeitas de fraudes. Ambos defendem que a comissão sirva para dar respostas à população e responsabilizar eventuais culpados por omissões ou irregularidades.
Por outro lado, o senador Confúcio Moura (MDB) optou por não apoiar o pedido, o que gerou críticas de setores que esperavam uma posição mais firme do emedebista diante das crescentes reclamações de segurados em todo o país. Sua ausência no rol de signatários foi notada nos bastidores da articulação da CPMI.
Com o número mínimo de apoios já atingido, o próximo passo será a leitura do requerimento em plenário, seguida da instalação da comissão. A expectativa é de que o colegiado funcione ainda neste semestre e coloque o INSS no centro de um dos debates mais sensíveis da política nacional: o acesso a direitos previdenciários em tempos de crise.