O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), autor do pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende apurar desvios em benefícios do INSS, se reuniu nesta segunda-feira (5) com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (União-PB), para defender a instalação imediata da comissão.
O encontro ocorreu em Brasília no fim da tarde, após Motta retornar de agenda oficial na Paraíba. Segundo Chrisóstomo, a conversa teve como foco a urgência das investigações diante da gravidade das denúncias. “Nós temos pressa, esse assunto exige celeridade porque o problema ainda está em curso”, afirmou.
Atualmente, há 12 pedidos de CPIs aguardando instalação. Chrisóstomo argumenta que sete deles foram protocolados em 2023 e já perderam a razão de ser. Ele sustenta que o Regimento Interno da Câmara não exige ordem cronológica para análise dos requerimentos e que, por isso, é possível dar prioridade à CPI do INSS.
Pelo regimento, apenas cinco CPIs podem funcionar ao mesmo tempo. Até o momento, nenhuma foi instalada em 2025. Chrisóstomo reconhece que há resistência por parte da base governista, mas afirmou que continuará articulando pela instalação da comissão.
Além da reunião com o presidente da Câmara, o deputado também pediu ao líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), que atue para mobilizar a bancada em favor da proposta. O movimento ocorre paralelamente à coleta de assinaturas para uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), liderada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT).
“Por uma questão de protagonismo, vejo que seria mais eficiente a Câmara pressionar por uma CPI aqui mesmo”, disse Chrisóstomo.