Em entrevista à CNN Brasil, o governador de Rondônia, Marcos Rocha, se manifestou de forma enfática contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, que visa alterar a estrutura de comando das polícias nos estados brasileiros. Com uma trajetória consolidada nas forças de segurança, Rocha destacou sua posição com base na vivência pessoal e na gestão pública.
“Meu posicionamento é claro. Sou contrário à proposta. E falo isso com a experiência de quem veio da base — sou militar, fui policial e conheço de perto a realidade da segurança pública”, afirmou o governador.
A PEC em questão tem provocado debate entre especialistas e representantes políticos por propor mudanças na autoridade sobre as forças policiais estaduais, hoje sob responsabilidade dos governos estaduais. Rocha, no entanto, defende que esse comando permaneça sob controle dos governadores, argumentando que a proximidade com a realidade local é essencial para uma atuação mais eficiente e ágil.
O chefe do Executivo de Rondônia lembrou ainda de um caso recente em que a cooperação entre estados foi determinante para enfrentar uma crise. “Recentemente, Rondônia enfrentou uma situação delicada, e juntos com os estados do Acre, Amazonas e Mato Grosso conseguimos agir de forma rápida e eficiente para proteger a população”, pontuou.
Para Marcos Rocha, o atual modelo de gestão permite uma articulação mais direta com as necessidades das comunidades e fortalece a atuação das polícias. “Quem paga a folha, quem conhece a realidade local e quem está à frente das ações de segurança é o governador. Por isso, acredito que o comando das polícias deve continuar sob a responsabilidade dos governos estaduais”, defendeu.
Apesar de manter uma posição firme, Rocha ressaltou a importância do debate democrático. “Respeito opiniões diferentes e acredito no diálogo. Mas essa é a minha posição. Defender a autonomia dos estados é defender uma segurança pública mais próxima do cidadão”, concluiu.
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