Na Bolívia, dirigentes do Partido para o Socialismo [MAS], decidiram nesta quinta-feira 5/10, pela expulsão do atual presidente do país Luis Arce. Foi com o partido que Arce venceu as eleições presidenciais em 2020.
A expulsão de Arce da sigla, a partir de agora, acirra a disputa eleitoral com o retorno de Evo Morales Ayma. Na semana passada, o ex-presidente anunciou que estava de volta ao cenário político boliviano. Ao contrário do Brasil, no Estado Plurinacional da Bolívia, o mandato presidencial se estende por 5 anos.
Dirigentes do MAS, justificaram a decisão, afirmando que o presidente “faltou por diversas vezes as reuniões partidárias”. Com a medida, Luis Arce e Evo Morales de aliados passaram para adversários. Os dois devem se enfrentar nas eleições em 2025.
Na Bolívia, fontes acreditam em uma possível vitória de Evo Morales, mas também defendem a permanência do atual presidente no caso de uma reeleição. O certo é que os dois farão de tudo para chamar a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva [PT], do Brasil. Lula é visto por seus pares, na América do Sul como um grande estadista. Além de gozar de prestígio pelos sul-americanos.
Morales e Lula são velhos amigos, e inclusive já chegaram assinar um acordo para a construção do chamado [Corredor Bioceânico], na época até na presença de Hugo Chaves. Apesar de estar em seu primeiro mandato, o economista, consegue transmitir a Lula a mesma empatia do seu adversário.
É tão certo que na semana passada, coube a ele solucionar o impasse criado por adversários no projeto de construção da ponte binacional Guajará-Mirim – Guayaramerin. Bastou um telefonema de Lula ao Palácio Quemado, sede do governo boliviano em La Paz, para que o problema fosse solucionado e as manifestações que ocorriam em Trinidad e Guayará terminassem.