A Justiça de Mato Grosso decidiu manter o bloqueio de R$ 300 mil pertencentes a um empresário ligado a duas empresas de autopeças, sendo uma delas sediada em Vilhena (RO). O investigado é alvo da Operação Safe Truck, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil para apurar furto e comércio ilegal de peças de caminhões.
A decisão foi tomada no dia 6 de novembro, quando os magistrados da Turma de Câmaras Criminais Reunidas seguiram, por unanimidade, o voto da juíza convocada Christiane da Costa Marques Neves, relatora do mandado de segurança apresentado pela defesa.
O empresário, identificado pelas iniciais E. S. J., alegou que os valores bloqueados seriam usados para pagar salários e que não haveria contemporaneidade entre os fatos investigados — iniciados em 2022 — e a medida judicial adotada em 2025. No entanto, segundo a relatora, o investigado não apresentou documentos que comprovassem que o bloqueio colocaria em risco o funcionamento das empresas.
A magistrada destacou que não foram fornecidos registros contábeis, fiscais ou bancários que afastassem suspeitas sobre a origem ilícita dos recursos ou demonstrassem prejuízo operacional. Para ela, a argumentação da defesa se limitou a alegações genéricas.
A Operação Safe Truck identifica a atuação de uma quadrilha com mais de 30 integrantes, suspeita de movimentar ao menos R$ 60 milhões com furtos e vendas de peças. Durante as buscas, foram apreendidos 199 módulos de caminhões, avaliados em cerca de R$ 30 mil cada, somando mais de R$ 5,9 milhões.
Também foram retidos oito veículos, entre eles modelos como Jeep Compass, Toyota Corolla, Ford Ranger e Dodge Ram, avaliados em mais de R$ 1,3 milhão. Ao todo, os bloqueios judiciais ultrapassam R$ 1,4 milhão.
As investigações apontam que os envolvidos atuavam em três núcleos, responsáveis por furtar as peças, comercializá-las com empresas e oficinas de Mato Grosso e outros estados e movimentar os valores obtidos com os crimes.











































