O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), informou nesta sexta-feira (31) que a Polícia Civil identificou 59 das pessoas mortas durante a Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha na terça-feira (28). Segundo o governador, todos os identificados até o momento tinham ficha criminal.
O balanço preliminar da identificação também revelou a origem interestadual dos mortos, reforçando a atuação nacional do Comando Vermelho:
- 22 mortos eram de outros estados, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Ceará e Paraíba.
A Operação Contenção se tornou a ação policial mais letal da história brasileira, com o total de mortos superando 120, embora o governo ainda não tenha atualizado o balanço oficial.
Trabalho no IML e Disputa Judicial
A Polícia Civil afirmou que cerca de cem corpos relacionados à megaoperação já passaram por necropsia no IML (Instituto Médico Legal) até a noite de quinta-feira (30), e parte deles foi liberada para as famílias. Desde terça-feira, 15 corpos foram retirados.
O trabalho de perícia é acompanhado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que deve elaborar laudos próprios com peritos independentes. No entanto, houve um impasse com a Defensoria Pública:
- Defensoria: Solicitou o acompanhamento das perícias nos corpos, alegando ser um direito determinado pela ADPF 635 (ADPF das Favelas) do STF.
- Polícia Civil: Negou a entrada da Defensoria, limitando o acesso ao IML apenas a policiais civis e membros do Ministério Público.
Objetivos e Fracasso na Captura do Líder
A Operação Contenção, que mobilizou cerca de 2.500 policiais, tinha como objetivo cumprir 70 mandados de prisão contra membros do Comando Vermelho em 180 endereços, e apreendeu mais de cem fuzis da facção. A ação foi marcada pelo uso de armamento pesado e pela resposta do CV, que usou drones para lançar bombas contra os agentes.
Apesar de Cláudio Castro ter classificado a invasão como um “sucesso” (mencionando apenas as quatro vítimas policiais), o principal alvo da operação não foi capturado:
- Edgar A. de A., o Doca, principal líder da facção, segue foragido.
O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que Doca usou traficantes para formar uma barreira e escapar. O Disque Denúncia do Rio oferece R$ 100 mil por informações sobre ele.
Com informações de Folha de S.Paulo – 59 mortos são identificados pela polícia do Rio; todos com ficha criminal, segundo governador









































