Uma guarnição da Polícia Militar de Vilhena foi acionada no bairro Cohab após denúncia de que uma menina de apenas 12 anos estava sendo impedida de entrar na própria casa pela mãe e pelo padrasto.
Ao conversar com os militares, a pré-adolescente expressou o desejo de não morar mais com a mãe e o padrasto. Ela justificou sua decisão citando o intenso comércio e consumo de entorpecentes que teria testemunhado no local nos últimos meses.
Os policiais registraram as condições precárias de higiene no interior do imóvel, além da grande quantidade de lixo no quintal, que representa risco à saúde dos moradores e vizinhos.
O casal negou a venda de drogas na residência, mas admitiu o consumo de entorpecentes de vez em quando. Eles ressalvaram que o uso dessas substâncias não é feito na presença da menina. Contudo, os policiais notaram o odor característico de um tipo de droga em pratos que estavam na casa.
A menor revelou que já morou com a avó materna e que há um processo judicial em andamento para a guarda. Ela afirmou que tinha ido à casa apenas para buscar seus pertences, momento em que a mãe e o companheiro se negaram a abrir o portão. A menina ainda alegou ter sofrido agressão e ameaças do padrasto algum tempo atrás.
Após a mediação da guarnição policial, a mãe se comprometeu a permitir que a filha permaneça temporariamente sob os cuidados da avó, enquanto se comprometia a adotar medidas de higiene e melhorias para, futuramente, tentar restabelecer o vínculo familiar e a volta da menina ao lar.