Já passam de 15 horas as negociações da Polícia Civil do Amapá para libertar uma mulher feita refém por Lucas de S. N. , suspeito de assassinar o policial civil Mayson Viana de Freitas, 38 anos. O caso mobiliza diversas forças de segurança em Laranjal do Jari.
O cerco começou na tarde de sexta-feira (22/8), após o acusado matar o investigador dentro da delegacia do município. Em seguida, fugiu em uma motocicleta e invadiu uma residência no Beco do Vagalume, mantendo os moradores reféns.
Durante a madrugada, Lucas transmitiu uma live nas redes sociais, onde aparece ao lado da mulher sequestrada, visivelmente abalada. Em meio a falas desconexas, afirmou que pretende morrer em confronto com a polícia.
“Vocês vão me ver morto hoje mesmo. É muito difícil a sociedade me ver como ser humano só porque tenho passagem criminal… Para a sociedade, bandido bom é bandido morto”, declarou no vídeo.
Na gravação, a refém revela que o suspeito exigiu um colete balístico. Já na manhã deste sábado (23/8), ele decidiu libertar a criança de 10 anos, mas continua mantendo a mulher sob ameaça.
Operação mobiliza forças especiais
Equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, Grupo Tático Aéreo (GTA) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) participam da operação.
O delegado-geral da Polícia Civil, Cézar Vieira, afirmou que a prioridade é preservar a vida dos reféns: “O objetivo número um é a preservação da vida das vítimas que estão em poder do suspeito. Nossa missão é protegê-las e garantir que sejam resgatadas sem nenhum arranhão. Paralelamente, buscamos cumprir o mandado de prisão que já existia contra ele no Pará e responsabilizá-lo pelo homicídio do policial civil.”
O secretário de Segurança Pública, Daniel Marsili, e o comandante-geral da PM, coronel Costa Júnior, acompanham a ocorrência em Laranjal do Jari.