Uma adolescente de 16 anos, aluna da Escola Estadual Álvares de Azevedo, em Vilhena, apresentou sua versão dos fatos após ser conduzida à polícia sob acusação de ofender servidores da instituição. O incidente ocorreu na quinta-feira (3), quando a estudante e duas amigas, também de 16 anos e do 1º ano, foram barradas na entrada da escola por chegarem fora do horário.
A aluna explicou que o atraso de cerca de 15 minutos se deu porque a corrente da bicicleta das amigas quebrou, levando-as a seguir a pé. Ela alegou que, apesar de outras alunas terem tido a entrada permitida posteriormente, elas foram impedidas de acessar as aulas. A estudante também afirmou ter pedido para usar o banheiro devido a cólicas menstruais, mas a solicitação teria sido negada pela responsável da portaria.
A adolescente negou ter proferido ofensas à servidora idosa, mas confirmou que outra estudante a insultou e sugeriu que deveriam “passar fogo nela”. Em relação ao vice-diretor, ela garantiu não tê-lo chamado de “mulherzinha”, mas admitiu ter questionado se ele “não era homem” ao negar ter impedido as alunas de entrar.
A estudante relatou que se recusou a entrar sozinha na Sala da Orientação, buscando uma testemunha, e levantou a suspeita de que o vice-diretor, que “grita com todo mundo”, pudesse “inventar acusações”. Ao decidir entrar na sala, ela começou a gravar a conversa com o celular, momento em que o vice-diretor teria tentado reter o aparelho. A. C. acabou sendo levada para a Unisp em uma viatura da PM, o que gerou revolta por ter respondido sozinha por uma atitude que, segundo ela, foi compartilhada por outras estudantes.