Uma mulher foi presa na noite de ontem no bairro Jardim Social, em Vilhena, acusada de maus tratos contra os próprios filhos, crianças com idades de 2, 4 e 7 anos. Dois dos meninos haviam saído de casa e buscado abrigo em uma distribuidora de bebidas, onde foram encontrados.
Uma guarnição da Polícia Militar foi acionada por um sargento da própria corporação, que ouviu os gritos das crianças. Ambos os garotos, um de 4 e outro de 7 anos, contaram aos policiais que haviam sido agredidos pela mãe, e um deles apresentava as marcas da violência: vermelhidão e inchaço na face.
De acordo com as pequenas vítimas, um irmão ainda menor, de 2 anos, continuava dentro da casa com a mãe, que toma remédios controlados para ansiedade. A mulher, segundo os relatos dos meninos, se torna muito agressiva quando mistura a medicação com bebidas alcoólicas.
Diante da gravidade da denúncia, a guarnição tentou contato com a acusada, que não respondeu. Temendo pela vida do caçula, os militares pularam o muro e entraram na residência, onde encontraram a denunciada em visível estado de embriaguez.
Ao ser questionada sobre os fatos narrados pelas crianças, a mulher demonstrava desorientação e apresentou relatos desconexos. Durante a abordagem, ela passou a segurar um de seus filhos com força excessiva pela face, sendo necessário que os policiais a separassem da criança.
Ao chegar do trabalho, o pai das crianças confirmou que a esposa toma mesmo remédios controlados, e também relatou que ela fica agressiva quando ingere bebidas alcoólicas, tornando-se descontrolada. A chegada do marido até agravou a situação, com a mulher disparando ofensas contra os policiais.
“Vocês vão se ver comigo”, “Vou matar vocês”, “Eu conheço o delegado, vocês estão fodidos”, “Vocês são uns pmzinhos filhas da puta, uns bostas”, descrevem os militares que atuaram na ocorrência, ao falar do comportamento violento da mãe, que além de atacar o próprio marido, também desferiu tapas em um dos policiais.
Mesmo após imobilizada, a aparente paciente psiquiátrica continuou agressiva, tentando se jogar no chão e também contra a viatura. Foi acionado o Conselho Tutelar, mas duas representantes do órgão informaram que naquele momento não compareceriam no local, pois, nas palavras delas, como as crianças já estavam com o pai, estariam tecnicamente seguras. Porém, no dia seguinte iriam acompanhar o caso, indo ao endereço onde os fatos tinham acontecido.
Diante dos fatos, foi dada voz de prisão à mulher, pelos crimes de maus-tratos, ameaça, desacato e resistência. Ela foi apresentada na Unisp para providências relativas ao caso.
