A Justiça de Rondônia confirmou a pena de 18 anos de reclusão para João Carlos da Silva, condenado pelo assassinato do indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wau. O crime, considerado fútil, ocorreu em abril de 2020, no distrito de Tarilândia, em Jaru, Rondônia.
A defesa de João Carlos da Silva pediu a anulação do julgamento, alegando que a decisão dos jurados foi contrária às provas apresentadas. No entanto, o desembargador José Jorge Ribeiro da Luz, relator do processo, considerou que as provas testemunhais, periciais e a dinâmica dos fatos não deixam dúvidas de que o crime foi cometido por motivo fútil.
O crime teve grande repercussão em Rondônia, no Brasil e no exterior. Ari Uru-Eu-Wau-Wau foi morto a facadas e pauladas após ser deixado inconsciente com bebida. Seu corpo foi arrastado com uma corrente até um veículo e levado para outro local.
O julgamento do recurso de apelação criminal ocorreu entre os dias 24 e 28 de fevereiro de 2025. Os desembargadores Francisco Borges e Álvaro Kalix acompanharam o voto do relator.