Autor: Emerson Barbosa
As idas e vindas do líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcus William Herbas Camacho, o mega traficante internacional ‘Marcola’, é apontada como um jogo de empurra-empurra do Governo brasileiro.
Há quatro anos, Marcola era enviado pela primeira vez para Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (PFPV), em Rondônia. Não demorou muito para que os planos que objetivam libertá-lo fossem descobertos e Herbas mandado novamente para o Distrito Federal (DF). Em março do ano passado, o bandido voltou a ser hospede da Penitenciária Federal de Porto Velho após uma solicitação do governador afastado do DF Ibaneis Rocha.
Na quarta-feira, (26) com a descoberta de mais uma intenção para dar fuga ao criminoso, a Polícia Federal (PF) o transladou de Porto Velho para Brasília por ordem do ministro da Justiça, Flávio Dino. No Complexo Penitenciário da ‘Papuda’, o pesadelo ‘Herbas Camacho’ se torna real. Na biqueira do Ministério da Justiça (MJSP), a vigilância é triplamente maior e qualquer tentativa de fuga só aumentam as chances de Marcos William permanecer eternamente atras das grades.
Histórico do preso
Chefe da Facção Criminosa PCC desde os anos 2000, Marcola é apontado como um desafeto do governo federal. Ousado e extremamente perigoso, Camacho assumiu as rédeas da organização ao tirar do seu caminho dois líderes antigos da sigla.
O sucesso a frente do crime organizado está ligado a sua ousadia. Em 2006, ele foi responsável pelos ataques na capital de São Paulo que resultaram em 46 mortos. Também por determinação de Marcola pesa uma suporta negociação com o governo paulistano dando fim aos ataques. Em duas outras ondas de violência, agências bancárias, lojas e ônibus foram destruídos e incendiados.
Filho de um boliviano com uma brasileira, Marcos William Herbas Camacho iniciou no crime aos nove anos quando agia em pequenos furtos, no bairro Baixada do Glicério, região central de São Paulo. O uso constante de ‘cola de sapateiro’, rendeu o apelido que o tornaria mundialmente conhecido, “Marcola”.