Autor – Folha do Sul Online
O jornal entrevistou, na manhã desta terça-feira, 12, um cunhado do pintor Jander Magno da Cruz Silva, cujo corpo foi resgatado ontem, num trecho do rio Melgaço, nas proximidades do distrito do Guaporé, a 90 km de Vilhena.
Na noite de sexta-feira, 08, o autônomo da construção civil, cuja idade correta era 31 anos (informações anteriores mencionavam 30) caiu do barco em que estava junto com três companheiros. A embarcação havia dado defeito e três dos pescadores tentavam fazer o conserto. Mergulhadores do Corpo de Bombeiros de Vilhena só localizaram o corpo no segundo dia de buscas.
O entrevistado, que acompanhou as buscas feitas pelos Bombeiros, cogita a hipótese de Jander ter sofrido algum tipo de mal súbito antes de cair na água. Ele estava sentado sobre um tambor de 20 litros contendo sementes de soja usada como ceva para peixes, quando se desequilibrou e afundou na água. “Mas é a necropsia e a perícia que vão dizer o que aconteceu”, ressalva o parente.
O fato de o pintor saber nadar desde criança e de não ter gritado por socorro reforça a suspeita de que ele possa realmente ter passado mal. O boné de Jander foi encontrado ontem por volta do meio-dia, a 50 metros de onde ele havia desaparecido. O corpo em estado de decomposição estava mais à frente, a mais ou menos 200 metros do ponto onde aconteceu o acidente.
Após o companheiro cair do barco, que estava encostado a dois metros da barranca do Melgaço, os outros pescadores ainda tentaram localizá-lo, mas sem sucesso.
O cunhado diz que a demora em localizar o corpo, apesar dos esforços dos Bombeiros, se deve a dois fatores: a água escura do rio e o fato de Jander ter ficado submerso, preso a uma galhada, só vindo à tona por causa do movimento dos cinco barcos, que o fizeram boiar.
Solteiro e sem filhos, o pintor morava em uma chácara na Linha 01, Kapa 144, zona rural de Vilhena. Ele será velado na Capela Mortuária e sepultado no final da tarde de hoje.