Foram 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na operação Sangria nesta quarta-feira (2), um dos alvos foi o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) que teve a casa revistada pelos federais. Hoje o chefe do executivo amazonense enfrentaria o julgamento de uma denúncia no STJ, porém a análise foi adiada. Wilson Lima é investigado por desvio de verba pública destinada a saúde durante a pandemia.
Dos mandados, 6 de prisão temporária estão sendo cumpridos nas cidades de Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), além de sequestros de bens e valores. Somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.
Um dos investigados, herdeiro do império Lins recebeu os policiais federais a tiros. Há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratos fraudulentos com vista em favorecer um grupo de empresários locais. Isso estaria ocorrendo com o conhecimento do governo do estado.
Dentro das irregularidades está um hospital de campanha que pertence a família Lins. O local não atende às necessidades básicas de assistência de combate à Covid e ainda coloca os funcionários em risco de contaminação.
Com base em informações da PF, contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, firmados em janeiro de 2021 pelo governo amazonense para o hospital de campanha, têm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.
Os investigados deverão responder por crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa. As penas podem chegar a 24 anos de reclusão.
Wilson Lima também integra o grupo de nove governadores convocados a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. No cronograma, seu depoimento está marcado para o dia 29 de junho, o primeiro de um chefe do Executivo estadual.
Com informações da CNN.