Planaltina, DF – Uma criança de 11 anos morreu após ser baleada no peito na tarde dessa quinta-feira (7/6), em Planaltina. Segundo testemunhas, os dois suspeitos do crime estavam em uma moto. Um deles fez vários disparos e acertou Gabriel dos Santos Teixeira, que voltava da aula de futebol. A mãe tentou socorrer o filho com ajuda dos vizinhos, mas o garoto não resistiu ao ferimento.
Até a tarde desta sexta (8), os suspeitos ainda não tinham sido localizados. Conforme relatos de pessoas que estavam no local da tragédia, um dos acusados do assassinato usava capacete. Autor dos disparos, o passageiro vestia uma jaqueta preta e amarelo.
Gabriel estava em um grupo de meninos que voltavam do campo de futebol. Chegou a ser levado por moradores ao Hospital Regional de Planaltina, mas acabou morrendo. Ao Metrópoles, Indiara Galvão, uma das primas da vítima, disse que o atirador chegou a apontar uma arma para a cabeça de uma outra pessoa, mas o disparo teria falhado. O suposto alvo teria corrido.
Os criminosos passaram a atirar várias vezes, atingindo o Gabriel, que estava voltando da aulinha de futebol"
Indiara Galvão
Ainda de acordo com Indiara, a criança, mesmo ferida, conseguiu entrar no quintal de casa. Em seguida, jogou as chuteiras no chão e caiu ensaguentada na calçada. A mãe presenciou a cena e chamou os vizinhos para ajudar a socorrer o filho.
O irmão de Gabriel também é menor e cumpre medidas socioeducativas em uma unidade de internação do Distrito Federal. Para a família, a situação não motivou o crime cometido nessa quinta. “Estão misturando uma coisa à outra. Vimos algumas publicações que dizem que o meu primo era envolvido com coisas erradas, mas isso é mentira. O Gabriel estudava, era uma criança muito alegre, inteligente, amável, educado. Gostava de abraçar a todos. A mãe dele está arrasada”, afirmou. A 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) investiga o caso.
Memória
No dia 21 de maio deste ano, um outro assassinato chocou o Distrito Federal. Maria Eduarda Rodrigues de Amorim foi baleada e perdeu a vida quando ia pegar milho de pipoca na casa da tia. A garotinha completaria seis anos em agosto e morava com a família nos fundos da casa da avó, na QNO 18, Conjunto 36, em Ceilândia. O irmão dela entrava no quintal quando dois homens chegaram em um Voyage preto e fizeram vários disparos. O rapaz sobreviveu.
Maria Eduarda levou três tiros – na cabeça, no tórax e na nádega. Ao ser atingida, caiu no corredor da casa. Foi levada por parentes ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas chegou à unidade de saúde sem os sinais vitais. Os autores eram adolescentes e o motivo seria a guerra de gangues na região. Os envolvidos foram apreendidos semanas depois pela Polícia Civil.