O governo do Acre reconheceu oficialmente a gravidade das enchentes que atingem o estado e declarou situação de emergência em cinco municípios: Feijó, Plácido de Castro, Rio Branco, Santa Rosa do Purus e Tarauacá. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial nesta segunda-feira (29) e assinada pela governadora em exercício, Mailza Assis. A medida tem validade de 180 dias e é classificada como nível 2, o que permite ampliar o apoio estadual e federal às áreas afetadas.
O decreto foi motivado pelo volume excepcional de chuvas neste mês de dezembro. Em Rio Branco, o acumulado chegou a 483 milímetros, quase o dobro da média histórica para o período, estimada em 265 milímetros. Apenas nos quatro últimos dias, choveu 246 milímetros — índice que, sozinho, já supera o esperado para todo o mês na capital. Com isso, os rios Acre, Purus e Tarauacá registraram rápida elevação, provocando alagamentos e prejuízos para famílias e prefeituras.
O governo afirma que os custos sociais e econômicos tendem a crescer, sobretudo entre a população mais vulnerável das regiões ribeirinhas. Além das perdas materiais, há aumento das despesas com abrigos, assistência emergencial e logística de atendimento.
A decisão também leva em conta projeções técnicas que indicam continuidade das chuvas acima da média. Notas do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertam para a permanência do cenário de risco nas principais bacias hidrográficas do estado.
Um boletim recente do SGB, divulgado no domingo (28), aponta, com base em modelos hidrológicos, a possibilidade de nova alta no nível do Rio Acre nos próximos dias, reforçando a necessidade de manter a atenção redobrada.











































