A produção de petróleo e gás na plataforma P-40, no campo de Marlim Sul, permanece interrompida nesta sexta-feira, 19 de dezembro. A paralisação ocorre após a detecção de um vazamento de gás na quinta-feira, que, segundo a Petrobras, foi controlado imediatamente pelas equipes de segurança a bordo.
Como medida de precaução, a estatal realizou a despressurização das linhas e suspendeu temporariamente as atividades da unidade. A companhia anunciou a criação de uma comissão especial para investigar as causas do incidente e afirmou que não houve riscos para os trabalhadores nem impactos nas outras plataformas da Bacia de Campos.
O episódio ocorre simultaneamente à greve nacional da categoria, que já dura cinco dias. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) alega que a falha técnica ocorreu enquanto a P-40 era operada por equipes de contingência, o que aumentaria os riscos operacionais. A Petrobras nega qualquer relação entre o vazamento e o movimento grevista.
Os petroleiros reivindicam melhorias no plano de cargos e salários, além de soluções para o déficit do fundo de pensão Petros. De acordo com a FUP, a paralisação atinge atualmente 28 plataformas marítimas, nove refinarias e diversos terminais operacionais em todo o país, reforçando a defesa da estatal como empresa pública.
Investigação e segurança operacional
A equipe técnica da Petrobras trabalha para garantir que todas as normas de segurança sejam atendidas antes da retomada da produção na P-40. A empresa reforçou que o controle do vazamento seguiu os protocolos estabelecidos, garantindo a integridade física dos funcionários e das instalações marítimas na costa do Rio de Janeiro.
O impasse entre a federação e a gestão da estatal continua sem previsão de encerramento. Enquanto os sindicatos apontam a insegurança nas operações de contingência, a Petrobras mantém o monitoramento das unidades para evitar desabastecimento ou novos incidentes técnicos durante o período de paralisação.










































