As ministras Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania) e Márcia Lopes (Mulheres) reforçaram a necessidade de a sociedade denunciar violações contra a terceira idade. A declaração ocorreu na abertura da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília, nesta terça-feira, 16 de dezembro. O evento, que reúne representantes de todo o país, seguirá com debates e painéis até a próxima sexta-feira.
Com uma população de mais de 35 milhões de idosos no Brasil, o governo federal busca fortalecer os canais de atendimento. A ministra Macaé Evaristo ressaltou que a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos prioriza denúncias de violência contra esse grupo. O principal canal disponível é o Disque 100, serviço gratuito que funciona 24 horas por dia para receber relatos de abusos físicos, psicológicos ou patrimoniais.
Além da segurança, o encontro pautou as profundas desigualdades socioeconômicas no envelhecimento. Dados apresentados mostram que idosos brancos recebem, em média, 65% a mais do que idosos pretos e pardos. A escolaridade também foi apontada como fator determinante para a permanência no mercado de trabalho, com mulheres graduadas tendo três vezes mais chances de continuar trabalhando do que aquelas sem instrução formal.
Como ação concreta, foi anunciada a criação do fórum nacional de mulheres idosas para tratar de pautas específicas de gênero nesta fase da vida. O secretário nacional dos direitos da pessoa idosa, Alexandre da Silva, afirmou que o país tem avançado na legislação, mas que o evento é essencial para ouvir as demandas regionais e combater o isolamento e a negligência que ainda atingem milhares de cidadãos.









































