BOATARIA
Nos últimos dias, circularam em grupos de WhatsApp números supostamente atribuídos ao portal Espaço Aberto, apontando acessos pífios e contratos de mídia considerados “vultuosos” para um veículo tratado, de forma pejorativa, como pequeno.
FRÁGIL
As informações, porém, não se sustentam em fatos verificáveis, nem resistem a uma análise minimamente técnica.
ESCONDIDO
Ainda assim, ganharam espaço no ambiente mais fértil para a desinformação: o anonimato digital.
FATO
É preciso separar, com rigor, três coisas distintas: denúncias reais que estão sob investigação, boatos fabricados para arranhar reputações e o uso político da dúvida como arma.
CONSOLIDADO
O Espaço Aberto existe há quase sete anos. Nesse período, mantém produção própria diária, com coluna política publicada todos os dias — uma regularidade que, goste-se ou não da linha editorial, é objetiva e mensurável.
CONSOLIDADO 2
Não torna o portal melhor nem pior que outros, mas desmonta a narrativa de improviso ou inexistência de conteúdo. Produção diária é fato, não opinião.
PESSOAL
Também é fato que dados de audiência não são públicos nem acessíveis a terceiros.
PESSOAL 2
Ferramentas como Google Analytics são pessoais e restritas ao administrador do portal e, quando necessário, às agências de publicidade responsáveis por contratos institucionais. justamente para fins de comprovação de entrega.
PESSOAL 3
Qualquer número divulgado fora desse circuito levanta uma pergunta simples: de onde saiu essa informação?
“LARANJA”
Nesse ponto, chama atenção outro elemento grave: a postagem teria sido feita por um perfil inexistente, possivelmente operado com chip frio, segundo informações já levantadas.
COVARDE
Ou seja, alguém que optou deliberadamente pelo anonimato para lançar ilações.
IRRESPONSABILIDADE
Não se trata de crítica aberta, identificada e responsável, mas de uma tentativa de corrosão reputacional sem autoria, sem prova e sem compromisso com a verdade.
INVESTIGAÇÃO
Há, sim, investigações em curso no Ministério Público de Rondônia envolvendo possíveis fraudes em acessos e uso de robôs em contratos de mídia pública.
PUNIÇÃO
Isso é público e deve ser apurado até as últimas consequências. Se houve crime, que os responsáveis sejam identificados, processados e punidos.
ILAÇÃO
O que não é aceitável é transformar investigações legítimas em cortina de fumaça para ataques genéricos, onde todos viram suspeitos e a dúvida passa a valer mais que o fato.
AUTORIA
Nesse contexto, surgiu a insinuação de que as mensagens em grupos de WhatsApp teriam partido de alguém a mando do vereador Everaldo Fogaça.
CONTRAPONTO
A coluna procurou o parlamentar, que negou qualquer envolvimento. Mais do que isso: Fogaça afirmou que tem se mantido afastado das redes sociais em razão de acordo firmado com o Ministério Público, justamente para evitar novas controvérsias.
PREJUÍZO
Segundo ele, não faria sentido algum se envolver em polêmica sabendo que seria o maior prejudicado diante de compromissos judiciais já assumidos.
REGISTRADO
A negativa foi registrada. E, em jornalismo sério, negativa documentada não pode ser ignorada nem relativizada por conveniência narrativa.
INVESTIGADO
Ao mesmo tempo, é impossível ignorar que o nome de Fogaça aparece em investigações conduzidas pelo MPRO.
INVESTIGADO 2
Segundo o Ministério Público, o vereador teria idealizado e liderado um esquema estruturado para desviar recursos públicos destinados à publicidade institucional em Rondônia.
INVESTIGADO 3
A apuração aponta o uso de uma rede de sites sem audiência real ou atuação jornalística comprovada, com acessos inflados artificialmente por robôs, para captar verbas públicas.
INVESTIGADO 4
O esquema teria se intensificado no período eleitoral de 2022, movimentando milhões de reais e prejudicando portais consolidados.
INVESTIGADO 5
As investigações avançaram a ponto de envolver uma ex-secretária de Comunicação do governo estadual e uma agência nacional de publicidade, que acabou perdendo a conta oficial do governo.
OPINIÃO
Trata-se de um caso grave, com impactos diretos no mercado de mídia, na credibilidade institucional e na relação entre poder público e imprensa.
OPINIÃO 2
É justamente por isso que o debate precisa ser feito com responsabilidade. Misturar denúncias formalizadas com ataques anônimos é um desserviço.
OPINIÃO 3
Usar suspeitas reais como munição para atingir veículos específicos, sem prova, é injusto.
OPINIÃO 4
E permitir que boatos circulem como se fossem dados técnicos é abrir mão de qualquer critério jornalístico.
OPINIÃO 5
Se há sites laranjas, robôs, contratos fraudulentos e esquemas milionários, que tudo seja esclarecido com transparência e rigor.
OPINIÃO 6
Empresários e jornalistas idôneos não podem ser colocados no mesmo balaio da suspeição apenas porque alguém decidiu jogar números aleatórios em um grupo de WhatsApp.
OPINIÃO 7
Dúvida não é prova. Insinuação não é fato. Anonimato não é credibilidade.
OPINIÃO 8
A imprensa não pode aceitar que a dúvida vire método e o boato vire instrumento político.
OPINIÃO 9
Investigar é dever do Ministério Público. Julgar é papel da Justiça. E informar exige responsabilidade, especialmente em um ambiente onde reputações podem ser destruídas com um clique — e reconstruídas, quando muito, com anos de trabalho.
FRASE
A credibilidade não vem do número de seguidores, mas da confiança conquistada.










































