A Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) lançou nesta segunda-feira, 8 de dezembro de 2025, a atualização da Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (Epanb). O documento estabelece um planejamento para o período de 2025 a 2030, com o objetivo de orientar as políticas públicas brasileiras na contenção dos impactos da perda de biomas.
A secretária Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Rita Mesquita, informou que a atualização da Epanb estabelece 234 ações para os próximos cinco anos. “Da mesma forma que temos o Plano Clima, este é o nosso plano da biodiversidade, do uso sustentável e da repartição dos benefícios”, explicou.
Metas ambiciosas de recuperação e conservação
O Brasil detém entre 10% e 15% de toda a biodiversidade mundial, com pelo menos 47 mil espécies de plantas e 120 mil espécies da fauna. A nova estratégia prevê ações ambiciosas para proteger esse patrimônio.
As iniciativas incluem a recuperação de um mínimo de 30% de áreas degradadas ou modificadas nos biomas do país. Há também metas para a conservação e manejo eficaz de pelo menos 30% dos biomas e zonas costeiras e marinhas brasileiras, e de 80% da Amazônia.
O documento é parte das obrigações do Brasil como signatário da Convenção sobre Diversidade Biológica. Ele é orientado pelo Marco Global de Kunming-Montreal (GBF), estabelecido em dezembro de 2022. Esta é a primeira versão da Epanb vinculada à legislação nacional, tornando suas ações obrigatórias.
Braulio Dias, diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade, afirmou que a segunda geração da Epanb é resultado de um esforço iniciado em 2023, com a participação de mais de 20 ministérios e 50 instituições.









































