A Operação Codajás, essencial para o abastecimento de combustíveis na Região Norte, completou 30 anos de atuação em dezembro de 2025. A iniciativa é crucial para garantir a entrega de gás de cozinha (GLP – gás liquefeito de petróleo) à população, especialmente nos meses de seca dos rios da Amazônia.
Além do GLP, a ação assegura a continuidade da produção de petróleo e gás natural em Urucu/Coari. No período de setembro e outubro de 2025, foram escoadas mais de 60 mil toneladas de GLP e 129 mil metros cúbicos de petróleo de Urucu, partindo do terminal de Solimões, no Amazonas.
Monitoramento e logística dedicada
A operação é uma parceria entre a Petrobras e sua subsidiária, a Transpetro, e conta com um comitê técnico que inclui a Marinha do Brasil. Este grupo monitora diariamente os níveis dos rios em cidades como Iquitos, Manaus e Coari para manter a navegabilidade.
Para 2025, a Codajás mobilizou quatro navios com dedicação exclusiva, sendo dois operados pela Transpetro: Jorge Amado e Gilberto Freyre. Embarcações de calado reduzido também foram utilizadas para atravessar pontos de menor profundidade, garantindo que todas as operações ocorressem sem transbordo em Codajás ou Itacoatiara.
O diretor de Transporte Marítimo da Transpetro, Jones Soares, destacou que a operação se adapta às variações climáticas há três décadas. “Mesmo em anos com menor impacto da vazante, como 2025, seguimos com planejamento, monitoramento e ações preventivas. Estamos sempre prontos para viabilizar o suprimento do gás de cozinha para a população da Região Norte”, afirmou Jones.
Segurança energética e abastecimento
A inclusão do petróleo e gás natural na operação é um fator importante para a segurança energética da região. O gás natural produzido em Urucu/Coari é vital para o abastecimento de termelétricas que fornecem energia para Manaus, a sétima capital mais populosa do país. Estima-se que o gás natural da região seja responsável por gerar mais de 50% da energia consumida no estado do Amazonas.
A Petrobras informou que, graças à coordenação do grupo, “foi possível atravessar o período com a manutenção da produção de petróleo, estoques de produtos em níveis adequados e atendimento pleno aos compromissos com o mercado de GLP”. Em 2024, durante a maior seca da Amazônia em 74 anos, a Codajás transportou mais de 16 mil toneladas de GLP em 21 operações dedicadas.











































