O governo federal pretende contratar o financiamento de 3 milhões de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) até o final de 2026. A meta foi anunciada nesta segunda-feira, dia 8 de dezembro de 2025, pelo ministro das Cidades, Jader Filho, que garantiu a disponibilidade de recursos para sustentar o programa.
O ministro informou que o programa deve encerrar o ano de 2025 com cerca de 2 milhões de moradias contratadas desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O cenário para 2026, com a meta de mais 1 milhão de unidades, é sustentado pelo aquecimento da construção civil e pela segurança financeira.
“Temos hoje a segurança para dar ao mercado de que não haverá falta de recurso no Minha Casa, Minha Vida. As pessoas podem contratar, as empresas podem acreditar no programa que não terá nenhum tipo de soluço”, afirmou o ministro.
Atualização nas faixas de renda
Jader Filho anunciou que as faixas de renda do MCMV serão atualizadas no início de 2026. A Faixa 1, que atualmente abrange famílias com renda de até R$ 2.850, deverá passar a contemplar quem recebe aproximadamente dois salários mínimos.
A medida visa acompanhar a evolução do mercado de trabalho e ampliar o alcance do programa para famílias que não conseguem ter acesso ao financiamento habitacional no sistema tradicional.
O programa conta com um orçamento robusto para o próximo ano. São R$ 125 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) voltados à habitação popular. Além disso, há R$ 5,5 bilhões do Orçamento da União destinados a cobrir subsídios para a Faixa 1 urbana, e R$ 17 bilhões do fundo da Caixa Econômica Federal também para custear subsídios.
Impacto na economia e entregas futuras
O MCMV tem apresentado um forte ritmo de crescimento. Em novembro, foram registrados 80 mil novos financiamentos, um aumento em relação à média mensal de 60 mil observada até outubro.
“O PIB [Produto Interno Bruto] da construção civil está puxando a economia brasileira, e quem está puxando a construção civil é o Minha Casa, Minha Vida”, destacou Jader Filho. Em São Paulo, 67% dos lançamentos imobiliários são do programa.
O governo projeta atingir, ao fim de 2026, uma média mensal de 80 mil contratações. A meta também inclui ampliar a oferta de unidades para a classe média, buscando chegar a 10 mil contratações para esse segmento até 2026, ante as atuais 6 mil.
Apesar das restrições do calendário eleitoral, o ministro garantiu que o ritmo de entregas não será afetado, com 60% das unidades previstas para 2026 ficando prontas no primeiro semestre. O próximo ano é esperado como o mais robusto em entregas da atual gestão, com cerca de 40 mil unidades previstas. O prazo médio entre a contratação e a conclusão da obra é de 18 a 22 meses.











































