O Partido Liberal (PL), aquela sigla que parece mais com central de conveniências do que com convicção, anda testando seus dotes de alquimista eleitoral. A ideia agora? Forjar uma “super-chapa” com Carlos Bolsonaro para o Senado, Fernando Máximo como segundo nome ao Senado, e manter o Marcos Rogério na disputa ao governo de Rondônia.
A proposta cheira mal. Carlos Bolsonaro, sem vínculo com Rondônia, raízes políticas nulas no estado, aparece como candidato “importado”, mais preocupado com foro privilegiado e palanque nacional do que com a realidade da nossa gente.
Fernando Máximo, por sua vez, chega com desgaste. Sua gestão da saúde no estado deixou rastros de desconfiança e críticas. Confiar a ele o Senado, dessa vez com “peso de chapa”, soa como aposta arriscada, mais estratégica para a máquina partidária do que para os interesses da população.
E quanto a Marcos Rogério? Ele, que em 2022 quase levou o governo estadual, por milagre da polarização e da onda bolsonarista, tenta se reposicionar. Mas a falência do bolsonarismo como via de renovação política é visível para quem anda pelas ruas, conversa com produtores rurais, servidores públicos cansados, eleitores que clamam por serviços de qualidade e não por retórica. Com essa chapa, PL aposta em nostalgia e em ficha-suja de favores, não em futuro.
Em meio a isso, a tão falada “união da direita” em Rondônia se arrisca a virar piada de pé de página, ou racha interno. Afinal, como unir quando há pilhas de vaidades, ambições pessoais e prioridades distintas? O PL mostra mais uma vez que para ele, eleições são tabuleiro de xadrez e Rondônia, peão descartável.
O eleitor rondoniense precisa estar atento: a escolha não deve ser entre nomes enferrujados por disputas nacionais, mas entre projetos com raízes locais e compromisso com a nossa gente. Exigir detalhe, cobrar transparência, priorizar quem de fato conhece e vive Rondônia, eis o antídoto para o teatro político que tentam montar.
Pensamento do dia
Se a política tem um “mercado de chapas”, o PL quer transformar Rondônia em vitrine de fachada, sem se importar com o preço real que o povo vai pagar de aluguel.










































