Quarenta e seis governos de diferentes países e esferas firmaram compromisso para ampliar a proteção dos manguezais, ecossistemas vitais para o equilíbrio climático e a segurança das comunidades costeiras.
O compromisso foi firmado no âmbito do movimento global Mangrove Breakthrough, que busca mobilizar US$ 4 bilhões para restaurar 15 milhões de hectares de manguezais até 2030.
A adesão ao movimento ganhou força durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, e destaca o papel do Brasil na conservação da maior faixa contínua de manguezais do planeta.
Adesões brasileiras e impacto local
O governo federal já havia endossado o movimento em junho, na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos. Nesta etapa, aderiram:
Estados: Amapá, Bahia, Pará, Maranhão, Pernambuco, Sergipe e Rio de Janeiro.
Município: Aracaju.
As ações serão implementadas em parceria com a Coastal 500, uma rede global de prefeitos e líderes locais.
O diretor executivo do Mangrove Breakthrough Hub, Ignace Beguin Billecocq, celebrou o apoio dos estados brasileiros: “Os líderes locais estão colocando a natureza no centro da construção da resiliência de suas comunidades”, afirmou. Ele destacou que a conservação e a restauração dos manguezais são “uma das soluções climáticas mais eficazes e acessíveis que temos”.
Fortalecimento da governança
Monique Galvão, diretora executiva da Rare no Brasil, ressaltou que o pacto reflete o protagonismo das regiões litorâneas. “Este grupo compartilha um compromisso comum de colocar os manguezais no centro da ação climática em políticas globais e ações locais”, disse.
Segundo os organizadores, o Mangrove Breakthrough fortalece a governança ambiental integrada, com ações implementadas por governos locais em parceria com comunidades tradicionais e pescadores.
Nátali Piccolo, da Conservation International Brasil, destacou a liderança brasileira. “O Brasil mostra ao mundo que políticas positivas para os manguezais podem unir todos os níveis de governo em torno de resultados concretos”, afirmou.











































