O programa Jovem Aprendiz no Brasil alcançou um novo recorde de contratações em setembro de 2025. O número de jovens contratados por meio da Lei 10.097/2000 chegou a 710.875. Este é o sétimo mês seguido de alta e o sétimo recorde registrado na série histórica iniciada em janeiro de 2020.
O levantamento é do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O crescimento do programa foi impulsionado pelo fim da pandemia em 2022 e pela regulamentação da Lei de Aprendizagem em dezembro de 2023, que tornou a contratação obrigatória para empresas de médio e grande porte.
Em apenas 20 meses, o número de jovens aprendizes (entre 14 e 24 anos) aumentou cerca de 30%, saindo de 539 mil em dezembro de 2023.
Salário Médio e Setores que Mais Contratam
A remuneração média dos jovens aprendizes, por sua vez, registrou uma leve queda, mas se manteve próxima do patamar histórico. O salário médio recuou de R$ 955 (recorde em julho) para R$ 920 na última parcial de setembro. Em dezembro de 2023, o salário médio era de R$ 846.
Em setembro, foram contratados 15.357 novos aprendizes. O setor de Serviços liderou as contratações (5.510 vagas), seguido por:
Indústria (4.307)
Comércio (2.830)
Construção Civil (2.231)
Agropecuária (478)
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o saldo de contratações atingiu 111.976 novos aprendizes.
Direitos e Requisitos
A contratação de aprendizes é obrigatória para empresas de médio e grande porte que possuam pelo menos sete empregados em funções que exijam formação profissional. A cota varia entre 5% e 15% do total desses cargos.
Podem ser contratados jovens de 14 a 24 anos, desde que estejam matriculados em instituições de qualificação profissional credenciadas pelo MTE. O jovem aprendiz tem direito a:
Remuneração proporcional ao salário mínimo por hora trabalhada.
Jornada reduzida de até seis horas diárias.
FGTS (alíquota de 2%).
13º salário e vale-transporte.
Férias (preferencialmente coincidentes com o recesso escolar).
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