Um filhote de gato no distrito de Nova Conquista, em Vilhena, nasceu com apenas um olho na última terça-feira, 4 de novembro de 2025. A anomalia, conhecida como ciclopia, é uma condição rara que surpreendeu o tutor do animal, Gilberto Almeida. O filhote, o único diferente em uma ninhada de três, viveu por apenas um dia e morreu devido a dificuldades respiratórias.
Defeito na Formação Embrionária
A ciclopia é uma má-formação congênita grave que ocorre durante o desenvolvimento embrionário. Nesses casos, os olhos não se dividem de forma adequada em duas cavidades distintas, resultando no nascimento do indivíduo com um único campo ocular, frequentemente acompanhado de outras alterações faciais, como a ausência do nariz.
Um estudo iraniano publicado no International Journal of Surgery Case Reports (2021) classifica a ciclopia como um distúrbio congênito raro, sendo uma das formas mais graves da holoprosencefalia, um defeito na formação do cérebro e do rosto.
O estudo explica que os embriões afetados por essa síndrome costumam ser abortados ou nascem mortos. “Quando sobrevivem ao parto, costumam morrer logo após o nascimento”, diz um trecho da análise.
Causas e Ocorrências
A origem da ciclopia está geralmente associada a mutações genéticas, mas fatores ambientais também podem contribuir, como a exposição a toxinas ou o uso de certas substâncias durante a gestação, segundo os cientistas.
A condição pode ser detectada ainda na gravidez por meio de exames como ultrassom e ressonância magnética.
Embora seja rara, a ciclopia já foi observada em diversas espécies, incluindo humanos, porcos e gatos. O nome da condição é uma referência direta aos Ciclopes, seres da mitologia grega descritos como gigantes com um único olho no centro da testa.









































