O Instituto Marielle Franco, fundado pela família da vereadora assassinada em março de 2018, divulgou uma carta nesta sexta-feira (24) cobrando do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento dos mandantes do crime. Para a família e as organizações de direitos humanos, a justiça só será plena com a punição de todos os envolvidos no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
“A sentença dos executores foi um passo importante, mas a justiça ainda não foi completa. O Brasil e o mundo esperam que o julgamento dos mandantes aconteça, porque sem responsabilização total – de quem mandou e de que executou – não há justiça e não há democracia”, afirmou Luyara Franco, diretora executiva do Instituto e filha da vereadora.
Andamento do processo no STF
As investigações apontam que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão encomendaram o assassinato e que o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, planejou a ação e tentou atrapalhar as investigações.
Os três respondem a uma ação penal que tramita no STF, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Moraes finalizou as audiências com testemunhas, defesa e acusação em 2024. No entanto, o processo permanece em fase de instrução, e ainda não há data prevista para o julgamento dos mandantes e do mentor.
Os irmãos Brazão foram presos preventivamente em 2024. A motivação do crime estaria ligada à atuação de Marielle Franco contra o avanço de um grupo paramilitar na zona oeste do Rio de Janeiro, ligado à família deles.
Condenação dos executores
No próximo dia 31 de novembro, a condenação dos executores do crime, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, completa um ano. Lessa, o atirador, foi condenado a mais de 78 anos de prisão, e Queiroz, o motorista, a quase 60 anos, por duplo homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio contra a jornalista Fernanda Chaves.










































