Antes de entrarmos no mundo dos investimentos, é importante entendermos que o mundo gira em torno de investimentos desde a sua existência.
Sempre ocorreram negociações, ofertas, investimentos arrojados ou não, alguns com grande chance de progresso, outros nem tanto. Alguns foram muito ousados e persistentes, outros, infelizmente, não estavam preparados para algumas crises.
Fatos históricos nos remetem justamente à reflexão: o mundo realmente gira em torno da economia?
A resposta é clara: sim!
Vamos citar algumas dessas crises e entender um pouco sobre o ocorrido em cada momento.
1929 – Grande Depressão
O que seria?
Na realidade, foi causada pela quebra da Bolsa de Nova York e acabou por provocar uma diminuição no PIB em nível mundial.
PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam seu PIB em suas moedas.
Logo após a crise da Depressão, tivemos a Crise do Petróleo, em meados da década de 1970.
1970 – Crise do Petróleo
Foi o momento em que o petróleo teve uma elevação de preço causada por conflitos no Oriente Médio, atingindo a economia mundial, gerando inflação e incerteza no mercado financeiro. Porém, foi mais um momento de superação no mundo da economia e dos investimentos.
Praticamente após duas décadas, veio então uma nova crise, agora relacionada à tecnologia. No início, em meio à pressa de ter o primeiro e melhor produto lançado mundialmente, surgiu um novo desafio aos investidores.
Existe uma verdadeira corrida infinita entre as empresas, principalmente as do ramo tecnológico. É claro que há uma sede por sair em primeiro com a novidade, algo novo. Isso não apenas valoriza o mercado, mas também fortalece a marca empresarial, e é nesse momento que parte dos investidores inicia suas análises para então decidir se investe ou não.
2000 – Bolha das Pontocom
Esse momento iniciou em 1995 e atingiu seu limite no ano 2000.
Foi um verdadeiro colapso do mercado de ações, totalmente impulsionado pela especulação excessiva nas empresas de tecnologia voltadas para a internet, conhecidas como “pontocom”. A crise mostrou que os excessos sempre levam a problemas em qualquer área.
Foi causada por uma avaliação de empresas com modelos de negócio insustentáveis, nada concretos. Ficou como um alerta e aprendizado quanto à necessidade de fundamentos sólidos e concisos.
2008 – Crise Financeira Global
Em meados de 2008, o mundo passou por mais uma turbulência.
Foi uma crise mundial, considerada a mais grave em 80 anos. Teve início com a falência de um grande banco e acabou afetando instituições financeiras, redes de mercado e a economia de vários países.
Alta do dólar, desemprego, desaceleração da economia mundial, entre outros problemas surgiram. Para evitar um colapso geral, governos e bancos investiram bilhões para tentar resgatar instituições financeiras e estimular a economia. Foi um dos momentos em que o mundo praticamente se via sem saída, mas o tempo passou e a situação foi sendo contornada, na medida do possível.
2020 – Pandemia de Covid-19
Sem dúvida, foi o momento em que o mundo descobriu que, por mais que se tenha investido alto, a vida é simples e devemos ser mais humanos.
O impacto da pandemia de coronavírus paralisou a economia mundial, resultando em quedas nunca antes vistas no mercado financeiro. Tudo parou: saúde, agro, indústria. Ninguém, naquele momento, tinha algo ou alguma “carta na manga”.
Houve aumento da desigualdade entre países e seus cidadãos. Até hoje muita coisa ainda não voltou ao normal. A dívida pública, por conta das respostas emergenciais dos governos, também aumentou, gerando um endividamento geral que se estende até os dias atuais, em 2025.
Os governos buscavam implementar medidas e encontrar resultados para “parar” a crise, como se existisse um botão de pausa. Na realidade, ficou evidente que havia muito a aprender.
Até os grandes investidores, que diziam ter reservas de emergência, sofreram com tamanha crise, em que não havia caminho ou direção a seguir, a não ser esperar e entender o que fazer.
Os investidores perceberam que era preciso ser mais humano e menos robótico, mais sensível. Humanos ajudando humanos, estudando e buscando soluções. As sequelas existem até hoje, sim, mas o mercado vem buscando a estabilidade necessária para o cenário atual.
Hoje entendemos que, apesar das crises, devemos sempre olhar, analisar e estudar muito antes de fazer qualquer investimento.