Com o compromisso de reforçar a preservação da biodiversidade amazônica, o governo de Rondônia realizou, entre 24 de setembro e 7 de outubro, o monitoramento das tartarugas-da-Amazônia (Podocnemis expansa) no Parque Estadual Corumbiara, em Pimenteiras do Oeste. A iniciativa foi conduzida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), por meio da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC), em parceria com o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) e integra o Projeto Quelônios da Amazônia.
Para o governador Marcos Rocha, a ação reforça o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável e a preservação das espécies amazônicas. “Cada feito realizado pelo governo em prol do meio ambiente garante um futuro equilibrado para as próximas gerações”, destacou.

Além das tartarugas-da-Amazônia, outras espécies foram registradas nas praias para reprodução, como os tracajás (Podocnemis unifilis) e o talha-mar (Rynchops sp.), uma ave migratória que deposita seus ovos na região. Durante o monitoramento, a equipe técnica coletou dados biométricos, incluindo largura e comprimento do plastrão, da carapaça e peso dos animais. Cada tartaruga recebeu um código individual antes de ser devolvida ao seu habitat natural.
Estudantes do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Rondônia (Unir) participaram da ação, realizando a coleta de amostras de solo e cascos nas áreas de desova.
Segundo o coordenador da CUC, Daniel Santos de Souza, as mudanças climáticas têm impactado o ciclo de reprodução das tartarugas. “Mesmo com um clima mais úmido, houve atraso significativo na desova em 2025, colocando em risco ovos e filhotes, devido à elevação rápida do rio Guaporé”, explicou.
O secretário da Sedam, Marco Antônio Lagos, reforçou que o monitoramento é fundamental para compreender o comportamento das espécies e orientar políticas de conservação mais eficazes. “Envolver estudantes e pesquisadores integra ciência, gestão ambiental e comunidade, fortalecendo as unidades de conservação e promovendo resultados concretos para a biodiversidade”, pontuou.