Hoje o assunto é um tema que desperta muitas dúvidas entre microempreendedores: a aposentadoria do MEI. Apesar de ser um dos benefícios mais importantes para quem empreende formalmente, ainda há muita desinformação sobre como ela funciona na prática.
Assim como os trabalhadores com carteira assinada, o MEI também tem direito à aposentadoria pelo INSS, desde que mantenha em dia o pagamento da contribuição mensal. Essa contribuição está incluída no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) — aquela taxa que engloba o ICMS (imposto estadual), o ISS (imposto municipal) e o INSS, responsável por garantir os direitos previdenciários.
Como funciona:
As modalidades de aposentadoria do MEI são por idade e por invalidez. Para ter direito à aposentadoria por idade, é preciso cumprir os seguintes requisitos:
•Homens: 65 anos de idade e 15 anos de contribuição;
•Mulheres: 62 anos de idade e 15 anos de contribuição.
E o valor inicial do benefício é de um salário-mínimo por mês, mas pouca gente sabe, mas o MEI pode aumentar o valor da aposentadoria, que pode chegar ao teto do INSS, hoje em R$ 8.157,41. Para isso, é necessário complementar a contribuição mensal com mais 15% sobre o salário de contribuição. Esse valor adicional é pago através da Guia de Previdência Social (GPS), que pode ser emitida pela internet. Quem deseja se aposentar mais cedo também pode seguir esse mesmo caminho, garantindo uma contribuição maior e, consequentemente, melhores benefícios no futuro.
E tem mais benefícios adicionais
Além da aposentadoria por idade, o MEI também tem direito a:
•Aposentadoria por incapacidade permanente, em caso de invalidez;
•Pensão por morte, destinada aos dependentes do microempreendedor.
Esses direitos reforçam a importância de manter os pagamentos do DAS sempre em dia. E para quem ainda tem dúvidas sobre como emitir a GPS, calcular o valor complementar ou organizar a contribuição, o SIMPI oferece suporte completo ao microempreendedor. No fim das contas, ser MEI vai muito além de empreender, é também um ato de planejamento e segurança para o futuro. Assista:
Simpi NA implanta 251 delegacias pelo país para atender as Pequenas Empresas
Em comemoração ao Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, celebrado neste domingo, 5, o SIMPI Nacional anuncia a entrada em operação de 251 delegacias de atendimento presencial espalhadas por todo o Brasil. Para o presidente da entidade, Joseph Couri, a iniciativa representa um marco na história da associação civil, reforçando sua missão de ser não apenas uma voz institucional, mas uma presença física e ativa ao lado do empreendedor brasileiro de todas as áreas. “As novas Delegacias SIMPI foram criadas para simplificar a vida de quem já empreende ou pretende empreender no País. Nessas unidades, o MEI [Microempreendedor Individual] e os gestores de micro, pequena e média empresa encontrarão atendimento próximo, com profissionais preparados para tirar dúvidas, prestar esclarecimentos presenciais, oferecer condições diferenciadas na contratação de serviços e viabilizar a associação ao SIMPI de forma simplificada, com valor acessível”, disse Couri. O atendimento, de acordo com ele, será marcado pela agilidade, pelo acesso fácil à informação e pela possibilidade de resolver, de forma prática, processos que antes exigiam deslocamentos longos, participação em congressos anuais ou dependência de canais distantes, já que todas as delegacias estarão conectadas por um único sistema. “É um movimento que nasce do compromisso de estar cada vez mais presente na vida do empreendedor. O SIMPI sempre foi uma voz nacional, mas agora passa a ser também presença física, com atendimento direto em cada Estado. Isso é mais do que uma expansão: é um gesto de respeito e de reconhecimento a quem sustenta a economia do país”, emendou. As micro e pequenas empresas (MPEs) representam de 97% a 99% das companhias do País e respondem por 30% do Produto Interno Bruto (PIB). Cerca de 50% desse total vem do comércio e dos serviços. Trata-se do segmento que mais emprega no Brasil e, por isso, é essencial para a economia nacional. Ainda de acordo com o SIMPI, as novas delegacias, por estarem presentes fisicamente em todas as regiões do País, poderão oferecer às empresas atendimentos diferenciados, de acordo com suas necessidades específicas. Isso porque a demanda de um empreendedor do Norte, por exemplo, pode ser completamente distinta da de um empresário do Sul, marcado pela tradição produtiva; ou do Centro-Oeste, impulsionado pelo agronegócio; ou ainda do Sudeste, que concentra o centro financeiro nacional; ou do Nordeste, que carrega força cultural e industrial própria. “Essa diversidade é, ao mesmo tempo, a riqueza e a complexidade do Brasil e exige que entidades estejam presentes em cada região, adaptadas às necessidades locais, com foco em ser a solução para os desafios empresariais, mais perto do empreendedor”, observou Couri. Assista:
Inadimplência empresarial no Brasil bate recorde: 7,7 milhões de empresas estão endividadas
A crise financeira das empresas brasileiras atinge novo recorde em 2025, com impacto direto sobre micro e pequenas empresas. Inadimplência empresarial no Brasil atinge nível histórico. De acordo com o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, em maio de 2025 o Brasil registrou 7,7 milhões de empresas inadimplentes — o equivalente a 32,8% de todos os CNPJs ativos no país. Em outras palavras: de cada 10 empresas brasileiras, pelo menos 3 estão com dívidas em atraso.
O montante das dívidas somou R$ 182,4 bilhões, o maior valor desde o início da série histórica em 2016. Apenas dois meses antes, em março, os números já eram alarmantes: 7,3 milhões de empresas endividadas e R$ 169,8 bilhões em dívidas. Essa escalada preocupa não apenas empresários, mas também sindicatos patronais, associações de classe e representantes do setor produtivo, que veem no índice um reflexo de políticas econômicas equivocadas.
Setores mais afetados pela inadimplência
Os dados revelam disparidades claras entre os ramos da economia:
• Serviços (53%) – Maior concentração de inadimplência, devido à dependência do consumo interno e à pressão dos juros altos.
• Comércio (34%) – Enfrenta queda nas vendas e dificuldade para obter crédito.
• Indústria (8%) – Apesar de menor participação proporcional, sofre com insumos caros, energia cara e perda de competitividade global.
A inadimplência afeta especialmente micro e pequenas empresas, que representam mais de 90% do empresariado brasileiro e possuem menor margem de resiliência. Especialistas apontam para fatores estruturais e políticos com juros elevados, a Selic em patamares altos que encarece o crédito e limita o capital de giro, crédito restrito as micro e pequenas empresas, inflação e custo Brasil e a falta de reformas estruturais que aumenta os custos de operação. A Insegurança regulatória pesa pois mudanças frequentes em regras tributárias e trabalhistas desestimulam investimentos. E esses elementos, somados, criam um ambiente hostil ao empreendedorismo e à geração de empregos.
Brasil em comparação internacional fazendo com que a inadimplência empresarial no Brasil se quase o dobro de países latino-americanos como México (15%) e Colômbia (18%). Na União Europeia, o índice de empresas inadimplentes varia entre 8% e 12%, sustentado por políticas de crédito subsidiado e estímulos pós-pandemia. Fica claro nestas comparações que o Brasil não conseguiu estruturar políticas anticíclicas eficazes, apoiando-se apenas em medidas monetárias para conter a inflação — o que sacrifica empresas e empregos. Mas o futuro aponta maiores riscos se a tendência continuar, o número de empresas inadimplentes pode ultrapassar 8 milhões ainda em 2025. Isso aumentaria o risco de falências em cadeia, prejudicando fornecedores, trabalhadores e a arrecadação tributária. À inadimplência alta também afasta investidores e compromete a credibilidade do país no cenário internacional. É necessário medidas para evitar o pior como a redução da Selic.
expansão do crédito produtivo, especialmente para micro e pequenas empresas, aceleração das reformas estruturais (tributária e administrativa) e criação de políticas anticíclicas para momentos de crise. Sem essas medidas, a tendência é que a inadimplência siga como um dos maiores entraves à recuperação da economia brasileira. Mas fica o alerta: o recorde de inadimplência empresarial é mais do que um dado econômico: é um alerta sobre a política econômica brasileira pois enquanto outros países, nossos concorrentes de mercado, ajustaram suas estratégias para proteger empresas e empregos, o Brasil continua patinando em decisões equivocadas, e como sempre, o preço recai sobre quem sustenta a economia que são as micro e pequenas empresas.
Será que agora sai o ajuste do teto de faturamento do MEI e das Pequenas Empresas?
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei (PLP 67/2025) que eleva o teto de faturamento do Microempreendedor Individual (MEI) para R$ 150 mil anuais e prevê um reajuste anual baseado na inflação, mas o aumento ainda precisa ser analisado pelo Senado Federal e sancionado pela presidência para entrar em vigor. O limite atual para o MEI é de R$ 81 mil por ano. Até agora já conseguimos a aprovação na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei Complementar (PLP) 67/2025, que aumenta o limite do MEI para R$ 150 mil, foi aprovado pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados em setembro de 2025. As próximas etapas para que a mudança se torne lei, o projeto deve ser analisado por outras comissões (Finanças e Tributação; Constituição e Justiça e de Cidadania) e, posteriormente, votado no plenário da Câmara dos Deputados. Depois disso, ele seguirá para o Senado. Após a aprovação no Congresso, o projeto precisa ser sancionado pelo Presidente da República para que entre em vigor. Quando aprovado, além do faturamento anual para R$150 mil o MEI e as pequenas empresas terão reajuste anual com base na inflação. Mesmo com a aprovação na Câmara, o aumento provavelmente só entrará em vigor em 2026.
Assista: