Um forte temporal que atingiu a cidade de Vilhena forçou o desvio de um voo vindo de Campinas (SP) no domingo, 29 de setembro. De acordo com o Aeroporto Brigadeiro Camarão, a aeronave de número 4808 tentou pousar três vezes, mas as rajadas de vento impediram a aterrissagem.
A manobra de emergência, chamada de arremetida, é um procedimento de segurança utilizado quando o risco de a aeronave sair da pista é iminente. Diante da impossibilidade de pouso em Vilhena, o avião seguiu para Cacoal (RO), a cerca de 230 km de distância, onde a aterrissagem ocorreu com segurança.
Após o pouso em Cacoal, os passageiros que tinham Vilhena como destino precisaram seguir viagem de ônibus. A viagem terrestre teve duração de quase quatro horas.
O transtorno foi ainda maior para os clientes que embarcariam em Vilhena com destino a São Paulo. O voo foi cancelado, e os passageiros tiveram que viajar de ônibus até Cuiabá (MT) para tentar uma nova conexão, prevista somente para a sexta-feira, 4 de outubro.
O temporal que atingiu Vilhena na segunda-feira, 30 de setembro, causou estragos em vários pontos da cidade. Rajadas de vento e chuva intensa resultaram na queda de árvores, que chegaram a bloquear parte da BR-364. Em outro ponto, um telhado foi arrancado, e o forro de uma sala em uma faculdade particular cedeu, alagando o espaço.
O Aeroporto Brigadeiro Camarão também foi afetado. Árvores caíram sobre veículos no estacionamento e parte da estrutura interna foi danificada, com o telhado cedendo em alguns trechos e causando vazamentos. Apesar dos prejuízos, a administração informou que não há previsão de suspensão das operações aéreas nesta semana.
A Defesa Civil municipal destacou que ainda não concluiu o levantamento total dos danos. O órgão está investigando por que não houve alerta de chuva intensa antes do temporal. O Serviço Geológico do Brasil informou que Vilhena não possui estação pluviométrica, o que dificulta o monitoramento de tempestades na região.