A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, afirmou nesta terça-feira, 2 de setembro, que a chamada minuta do golpe encontrada em sua casa é, na verdade, uma “minuta do Google”. O advogado Eumar Novacki usou o termo durante o julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que o documento é apócrifo, está disponível na internet e não possui qualquer validade jurídica.
O documento, que previa a decretação de estado de sítio e intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi encontrado impresso na casa de Torres durante uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal. A defesa alegou que a minuta nunca circulou ou foi discutida.
Ausência e PRF
Novacki também defendeu Torres das acusações sobre sua ausência do Distrito Federal durante os atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o advogado, a viagem de férias para os Estados Unidos foi programada com antecedência, antes que houvesse qualquer indício dos ataques.
A defesa negou, ainda, que Torres, enquanto ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, tenha ordenado operações especiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para barrar eleitores do presidente Lula no Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022, afirmando que não há uma “ação direta” de seu cliente.