Nove mulheres de Porto Velho participaram de uma semana de capacitação na comunidade de Cambaúba, em Amargosa (BA), aprendendo técnicas sustentáveis de artesanato com fibra de bananeira, dentro do Projeto Arte e Fibra. A iniciativa é referência nacional por unir preservação ambiental, geração de renda e fortalecimento cultural.
O convênio nº 039/2012, firmado entre a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Semagric), e a Jirau Energia, tornou possível a realização da capacitação. Durante as oficinas, as participantes aprenderam a preparar e transformar a fibra de bananeira em peças artesanais, valorizando práticas sustentáveis e a cultura local.
O secretário da Semagric, Rodrigo Ribeiro, destacou o impacto social da ação: “Esse tipo de capacitação fortalece o protagonismo feminino, valoriza as comunidades e contribui para que Porto Velho avance em práticas sustentáveis que unem meio ambiente, cultura e economia solidária”.
O gerente técnico da Semagric, Roseval Guzo, reforçou que o aprendizado traz novas oportunidades de geração de renda e inclusão produtiva. “É um trabalho que vai muito além do artesanato, criando possibilidades reais de desenvolvimento para famílias e comunidades”, afirmou.
A educadora ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), Iara Umbelino de Lima, ressaltou a importância da experiência: “Trabalhar com a fibra de bananeira é mais do que uma prática artesanal, é aprender com a natureza, valorizar a sustentabilidade e mostrar como o cuidado ambiental pode gerar cultura, renda e qualidade de vida. De volta a Porto Velho, trago gratidão e o compromisso de multiplicar esse conhecimento”.
A participação de mulheres indígenas também marcou o intercâmbio de saberes. Samea Kaxarari, representante da comunidade Kaxarari, destacou que o aprendizado fortalece a identidade cultural e cria oportunidades de mostrar ao mundo que a floresta pode gerar vida e desenvolvimento sem ser destruída.
As participantes retornaram motivadas a aplicar os novos conhecimentos em suas comunidades, multiplicando a cultura da sustentabilidade e criando oportunidades de geração de renda em Porto Velho.