O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a disponibilização de pelo menos R$ 100 milhões para financiar novos projetos de reflorestamento e preservação ambiental. O valor pode chegar a R$ 250 milhões, caso sejam fechadas parcerias com entidades que se tornem referência em restauração florestal.
A iniciativa, batizada de Floresta Viva 2, busca um gestor para intermediar os recursos e apoiar projetos de restauração ecológica, com foco em biomas como Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica. O bioma Amazônico não está incluído, pois já possui um fundo específico. A segunda fase do programa também prevê um programa de capacitação para povos tradicionais, assentados e agricultores familiares.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou em nota que a iniciativa une participação social e compromisso ambiental para recuperar nascentes, fortalecer a biodiversidade e gerar renda sustentável para as comunidades locais.
O sucesso da primeira fase e o futuro do programa
De acordo com a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, a primeira fase do programa Floresta Viva foi bem-sucedida, alavancando R$ 460 milhões em recursos para o restauro de 8,5 mil hectares. A segunda fase, por sua vez, promete maior agilidade com ciclos sucessivos de seleção pública para aprovação e execução dos projetos.
O BNDES espera que os recursos de R$ 100 milhões se transformem em R$ 250 milhões com a ajuda de terceiros. A contratação do gestor que conduzirá os projetos deve ser concluída a tempo da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), em novembro. O foco inicial será nos biomas do Pantanal, Cerrado e Caatinga ou Mata Atlântica.
O objetivo do programa é também ajudar na geração de renda para comunidades locais por meio de atividades sustentáveis. Além disso, busca garantir acesso à água com a recuperação de nascentes e bacias, reforçando a regulação climática com a captura de carbono para mitigar efeitos extremos como secas e enchentes.