Na Amazônia Sul-Ocidental brasileiro – boliviana, restaram apenas resquícios de uma xenofobia hostil e execrada, implantada à luz do dia pelo governo boliviano – a partir de 2006 – e executada a partir de 2008 na fronteira brasiviana do Departamento de Pando com o Estado de Rondônia.
Os extrativistas brasileiros que residiam nos seringais pandinos do Noroeste boliviano, foram escorraçados e desterrados por guerrilhas fortemente armadas, uma força engendrada de grupos paramilitares que se intitulavam campesinos ou zafreros, oriundos, principalmente, do Município de Riberalta no Departamento de Beni.
Evo Morales que se dizia defensor das classes subalternas, aterrorizou a fronteira e financiou através de uma cortina de silêncio despótica e tirana, milicianos munidos de xenofobia e possuídos por uma alma beligerante, que expulsaram de forma extremamente violenta, os seringueiros brasivianos do seu lugar tradicional. Era uma vez os remanescentes dos dois grandes ciclos da extração de borracha natural da floresta amazônica.
Os impactos da selvageria da desterritorialização anunciada resultou de forma impiedosa numa fronteira silenciada e desabitada, à serviço de organizações criminosas internacionais que disseminam a égide malevolente das travessias tenebrosas do ilícito. As rédeas de um governo autoritário e reacionário, impôs a sua cartilha escabrosa e aviltante, para ferir a soberania brasileira e afrontar as relações exteriores de uma linguagem diplomática de paz, sepultando os valores ontológicos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Essas imagens tristes são sinais inescrupulosos da destruição do lugar beiradeiro brasiviano, da raiva de um Chefe de Estado ardiloso, dotado de empáfia humana, do ódio estereotipado à estrangeria, da mente criminosa que proporcionou o advento de um estado internacional desregrado, compelido pela intolerância ao outro, e por ações antidemocráticas que culminou no calabouço da paz, no esbulho possessório do espaço vivido, nas aveias abertas das águas do ilícito e na cortina de silêncio de uma fronteira visivelmente hostilizada nas dependências de um Estado Binacional. “Muero por mi patria”, assim disse Francisco Solano López.