A defesa do ex-ministro da Defesa Paulo Sergio Nogueira pediu a sua absolvição ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o militar é inocente das acusações de tentativa de golpe. Nogueira, que é réu na investigação sobre a trama golpista de 2022, teria agido “ativamente” para evitar a abolição do Estado Democrático de Direito, segundo os advogados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o general de ter endossado críticas ao sistema eleitoral e apresentado uma versão do decreto golpista a comandantes das Forças Armadas para buscar apoio. Contudo, nas alegações finais enviadas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, a defesa argumenta que Nogueira aconselhou o ex-presidente Jair Bolsonaro a aceitar o resultado das eleições e se posicionou contra qualquer medida de exceção.
Processo judicial e os outros réus
A manifestação da defesa de Paulo Sergio Nogueira é a última antes do julgamento que definirá o destino dos réus. O prazo final para a entrega das alegações finais se encerra hoje. Além do general, outros seis réus do chamado “núcleo crucial” da trama golpista precisam entregar suas manifestações.
Os réus do processo incluem nomes como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem e os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada, já entregou suas alegações no mês passado.