A defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), enviou suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF), negando sua participação na trama golpista. O pedido de absolvição foi feito ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Heleno é um dos réus do chamado “núcleo crucial” da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Segundo a defesa, as provas colhidas durante a instrução do processo afastam “qualquer hipótese de protagonismo” do general. Os advogados argumentam que a conduta de Heleno foi “meramente acessória e periférica” e que não há elementos que liguem sua atuação ao êxito da empreitada criminosa. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Heleno de ter apoiado medidas para desacreditar o sistema eleitoral e ações para desestabilizar as instituições.
A entrega das alegações finais é o último passo antes do julgamento que pode condenar ou absolver os acusados. O prazo final para os advogados protocolarem suas manifestações se encerra nesta quarta-feira (13). Além de Heleno, outros seis réus do mesmo núcleo, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, também devem apresentar suas alegações.
Entre os réus estão o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, os ex-ministros Anderson Torres, Paulo Sergio Nogueira e Walter Braga Netto, além do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. Mauro Cid, que é delator, já entregou suas alegações no mês passado. O julgamento que definirá o futuro dos acusados é esperado para setembro.