O Brasil enfrenta o desafio de eliminar equipamentos contaminados com a bifenila policlorada (PCB), uma substância altamente tóxica conhecida como ascarel. Usada no passado como isolante elétrico em transformadores de energia, a PCB é classificada como um Poluente Orgânico Persistente (POP), banido mundialmente pela Convenção de Estocolmo. A substância pode causar sérios problemas de saúde, como câncer e distúrbios hormonais.
Em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Poluição, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou um investimento de R$ 30 milhões para financiar a eliminação segura desses equipamentos. Os recursos serão usados para custear o tratamento e a destinação adequada do material por empresas licenciadas.
Prazo para eliminação e apoio do governo
Segundo o Inventário Nacional de PCB, o Brasil ainda tem mais de 500 mil toneladas de material contaminado que precisa ser descartado. O prazo para a eliminação completa da substância, estabelecido pela Convenção de Estocolmo, é até 2028. Para auxiliar empresas e instituições, o MMA criou o Projeto PCB Responsável, que oferece informações sobre como identificar e descartar os equipamentos de forma segura.
A diretora de Qualidade Ambiental do MMA, Thaiane Resende, explica que o apoio financeiro do governo pagará de R$ 1,2 mil a R$ 3,2 mil por tonelada de material contaminado. O valor varia de acordo com a região de tratamento e coleta. Essa iniciativa visa ajudar as empresas a cumprirem a legislação e evitarem penalidades, ao mesmo tempo em que fortalecem sua responsabilidade socioambiental.