A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) sediou o Seminário Grandes Geradores de Resíduos Sólidos nesta terça-feira (12). O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMA), teve como objetivo promover o diálogo entre os grandes geradores de resíduos sólidos do município, o poder público e os demais setores envolvidos, visando à construção de soluções integradas e sustentáveis para a gestão adequada dos resíduos sólidos em Porto Velho.
Durante o seminário, a SEMA apresentou o Programa de Controle de Grandes Geradores de Resíduos Sólidos, desenvolvido pela própria secretaria. Segundo a fiscal de Meio Ambiente, Cirlene Tagliatti, já existe legislação que estabelece as regras para que as grandes geradoras realizem a destinação correta dos resíduos, sendo consideradas grandes geradoras empresas, indústrias e instituições públicas que produzem mais de 200 litros de resíduos sólidos por dia.
A fiscal informou que o Decreto nº 15.603/2018, que regulamenta o tema, passará por alterações. Após a aprovação e publicação das mudanças, as empresas terão novos prazos para se adequar às regras, atualizar o cadastro junto à SEMA e apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), detalhando as formas de gestão e destinação dos resíduos gerados, de maneira a não comprometer o meio ambiente.
O seminário também serviu para apresentar ideias de reciclagem por meio da cooperativa dos catadores Catanorte, que atua na Vila Princesa, em Porto Velho. Segundo o coordenador de finanças da cooperativa, Toni dos Santos, eles recebem materiais de celulose (papéis em geral), plástico e metais, e quando o volume é acima de 2 metros cúbicos, a própria cooperativa realiza a coleta.
Michel Esteves, assessor técnico da Catanorte, destacou que o evento foi uma oportunidade para divulgar que cooperativas que trabalham e reciclam resíduos estão em funcionamento na capital. “É importante que as pessoas saibam que há uma alternativa para o descarte correto”, afirmou.
Esteves lembrou da assessoria recebida pelo Instituto Euvaldo Lodi de Rondônia (IEL-RO). O Projeto Cata Mais Rondônia ajudou os catadores a se organizarem e aprimorarem a coleta, aumentando a renda de forma mais articulada. “Foi um grande aprendizado para todos nós”, concluiu.