O fenômeno geológico de “terras caídas”, comum nas margens do rio Madeira, está avançando sobre um trecho da Estrada do Belmont, no bairro Nacional, zona Norte de Porto Velho. O deslizamento do barranco foi tão significativo que comprometeu parte da via, e famílias tiveram que ser realocadas após monitoramento e orientações da Defesa Civil Municipal.
Para garantir a segurança, a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Defesa Civil Municipal, realizou novas vistorias na sexta-feira, 1º de agosto, para avaliar a situação e adotar as medidas necessárias.
Além de interditar a área e convencer os moradores a se retirarem, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), está reabrindo e alargando o trecho afetado da estrada em um local diferente para garantir o direito de ir e vir da comunidade.
“A interdição foi feita sob critérios técnicos, mediante constantes avaliações de prevenção. Hoje, uma das casas já está em estado crítico, por ser uma construção feita em local monitorado como área de risco, e a família já se retirou. Estamos conversando com outros moradores e orientando a se retirarem para preservar a vida”, disse o superintendente da Defesa Civil Municipal, Marcos Berti.
Ele acrescentou que o monitoramento vinha sendo feito há vários meses. Quando o deslizamento atingiu a estrada, a Defesa Civil imediatamente interditou as casas na área de risco e acionou outras secretarias, como a Seinfra. O trabalho de prevenção com maquinário pesado continua, com o objetivo de drenar canais com água represada que podem causar novas erosões subterrâneas.
O trabalho e a visão dos moradores
O pescador Edilson Almeida, morador da região, acredita que o trabalho da prefeitura ajudará a conter a erosão e a proteger as casas. “Com certeza vai ajudar sim. Nessa cratera aqui, se não tiver um esgoto dessa água que está presa aqui dentro, vai continuar caindo, mas agora vai melhorar. Mas quando começar o inverno, aí pode piorar de novo”, comentou, elogiando a agilidade da Prefeitura.
Marcos Berti também informou que a Defesa Civil Municipal acompanha uma situação semelhante na margem esquerda do Madeira, no Ramal Maravilha. Ele alertou que as famílias que moram nas proximidades de áreas de risco podem ser retiradas e as áreas interditadas a qualquer momento.
“Se virem rachaduras no solo chegando perto das casas, as pessoas devem comunicar a Defesa Civil e pensar na vida e na proteção da família. Todas as secretarias estão empenhadas em ajudar e proporcionar o melhor para a comunidade. Se necessário for, a gente vai retirar e interditar”, alertou Berti.