O lutador de artes marciais mistas Conor McGregor teve seu recurso rejeitado pela Corte de Apelação da Irlanda nesta quinta-feira, 31 de julho de 2025, em Dublin. A decisão mantém a conclusão de um júri civil de que ele estuprou uma mulher em um quarto de hotel em 2018. A autora da ação, Nikita Hand, que alegou ter sido agredida sexualmente em 9 de dezembro de 2018, obteve uma vitória definitiva no caso.
Condenação Anterior e Argumentos da Defesa
Em novembro de 2024, um júri da Alta Corte da Irlanda já havia decidido a favor de Nikita Hand, ordenando que McGregor pagasse a ela cerca de 250 mil euros, o equivalente a R$ 1,6 milhão, por danos. McGregor, de 36 anos, negou a acusação, afirmando que o ato sexual foi “totalmente consensual” e negando ter causado hematomas em Hand.
No recurso apresentado, os advogados de McGregor argumentaram que o juiz havia cometido um erro ao instruir o júri a decidir se ele “agrediu” em vez de “agrediu sexualmente” a vítima. No entanto, o juiz Brian O’Moore afirmou que a Corte de Apelação não tinha dúvidas de que a acusação do juiz de primeira instância deixou claro que a alegação central de Hand era de estupro. “O júri considerou como fato que o senhor McGregor agrediu a senhora Hand, estuprando-a”, declarou O’Moore ao ler a decisão.
A equipe jurídica de McGregor também contestou a permissão para que fossem questionadas as respostas “sem comentários” de McGregor durante um interrogatório policial, mas esse argumento também foi rejeitado.
Reação da Vítima e Implicações
Após a decisão do tribunal de apelação, Nikita Hand foi vista abraçando as pessoas que a acompanhavam. Em uma declaração emocionante do lado de fora do tribunal, Hand disse: “Para todos os sobreviventes, eu sei como é difícil, mas, por favor, não se calem… Vocês merecem ser ouvidos, vocês também merecem justiça. Hoje, posso finalmente seguir em frente e tentar me curar.” A decisão representa um passo significativo para a vítima em sua busca por justiça e recuperação.