A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (18) uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, suspeito de financiar ações destinadas a atacar a soberania nacional e interferir na independência dos Poderes.
Segundo investigadores, Bolsonaro teria destinado R$ 2 milhões para uma operação conduzida nos Estados Unidos por seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O objetivo seria influenciar decisões internacionais que afetassem diretamente o Brasil. Um dos resultados apontados foi o tarifaço aplicado pelo ex-presidente Donald Trump ao país.
Medidas cautelares para evitar fuga
A PF informou que as ações tiveram efeitos concretos e justificam medidas preventivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana, e proibição de contato com embaixadores e de visitas a embaixadas.
Um dos investigadores declarou que há receio de que o ex-presidente tente buscar refúgio em representações diplomáticas estrangeiras. “Ele já deu sinais de que pode recorrer a uma embaixada para fugir do país”, afirmou.
Centro das articulações
De acordo com a investigação, Bolsonaro é apontado como figura central da articulação que visava prejudicar o Estado brasileiro. As ações, ainda segundo os investigadores, interferiram diretamente nas instituições nacionais, ferindo princípios democráticos e a soberania do país.
A operação incluiu mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro e na sede do Partido Liberal, em Brasília.