Celebrado em 22 de junho, o Dia Mundial do Fusca vai muito além de uma homenagem a um automóvel — é um tributo à memória, à simplicidade e ao poder de conexão que um carro pode representar. Criado na Alemanha em 1995, a data marca o aniversário do protótipo do Volkswagen Fusca, lançado oficialmente em 1934, e que se transformou em um dos veículos mais icônicos da história.
O Fusca não foi apenas um sucesso de vendas — com mais de 21 milhões de unidades produzidas — mas um fenômeno cultural que atravessou gerações. Em países como o Brasil, México e Alemanha, ele virou símbolo de acessibilidade, resistência e até mesmo afeto. É comum encontrar relatos de famílias que compraram seu primeiro carro na forma de um Fusca, de motoristas que aprenderam a dirigir nele e de encontros de colecionadores que, até hoje, se reúnem para celebrar sua existência.
No Brasil, onde a produção começou em 1959 e durou décadas, o Fusca ganhou apelidos carinhosos, como “besouro”, e se tornou um personagem querido nas ruas. Em 1986, sua fabricação foi encerrada pela primeira vez, mas a paixão nacional foi tão forte que, por decreto presidencial, a produção voltou em 1993. Foi um retorno simbólico e emocional, como se o país trouxesse de volta um velho amigo.
Mais do que um meio de transporte, o Fusca representa uma era em que a simplicidade era suficiente. Seu design arredondado, o som característico do motor e a mecânica fácil de entender conquistaram motoristas comuns e entusiastas da mecânica. Ele uniu pessoas, formou clubes, inspirou artistas e se eternizou como um ícone pop.
Hoje, celebrar o Dia Mundial do Fusca é celebrar histórias de vida, encontros e lembranças que esse carro ajudou a criar. É lembrar que, mesmo em um mundo dominado pela tecnologia e velocidade, ainda há espaço para o charme clássico de um carro que continua a rodar não só nas ruas, mas também na memória e no coração de milhões de pessoas.